“O indivíduo tem de se conscientizar de que é o principal ator
no controle e na manutenção de sua saúde”,
Gislene Giuliano Lopes, psicóloga
Os aspectos psicológicos no cuidado com o diabetes são de extrema importância para o sucesso no tratamento. Capacidade de enfrentamento, autocuidado, aceitação, disciplina devem ser características presentes em pessoas com diabetes. E, muitas vezes, para desenvolver tais habilidades é preciso recorrer à ajuda. No Dia do Psicólogo, 27 de agosto, lembramos da importância desse profissional na nossa vida.
Algumas pesquisas sugerem que pacientes com diabetes tipo 1 e tipo 2 frequentemente apresentam comportamento psicológico alterado, o que pode afetar o nosso tratamento. A fase da aceitação talvez seja a mais difícil. O momento da descoberta traz inseguranças e medos que nem sempre somos capazes de enfrentar sozinhos. Quantas vezes nos sentimos vulneráveis psicologicamente? O psicólogo é o profissional mais indicado nesse caso, a ele cabe a investigação de barreiras emocionais e comportamentais.
O ideal seria os serviços de saúde oferecerem um atendimento multiprofissional, incluindo o psicólogo nas equipes de saúde que atenderão a pessoa com diabetes. A Associação Americana de Diabetes recomendam a aplicação de um questionário psicossocial que avalie a rotina da pessoa, suas expectativas, sua atitude diante da doença, como o diabetes tem afetado o humor, a qualidade de vida, quais são seus recursos emocionais e financeiros, qual o contexto de vida desse paciente. No caso de pessoas que se recusam a iniciar ou manter o tratamento sugerido para o controle do diabetes, deve-se ser verificada a presença de transtornos psiquiátricos como depressão, ansiedade, transtornos alimentares e prejuízos cognitivos.
A avaliação e o acompanhamento psicológico podem ocorrer em diversos momentos: diagnóstico, consultas regulares, hospitalização, surgimento de complicações, no final do período conhecido como lua de mel, em que os controles se mantêm bons porque o pâncreas ainda cumpre com a sua função. Especial atenção deve-se dar ao adolescente com diabetes, uma fase de novas descobertas, de enfretamento, em que a pessoa se sente ainda mais vulnerável.
Não se deve ignorar qualquer dificuldade em lidar com a doença. Estudos mostram que os aspectos psicológicos podem influenciar não só o controle glicêmico, mas também a prevalência de complicações microvasculares. Há uma associação, por exemplo, entre depressão e retinopatia diabética. É bastante frequente, também, segundo os mesmo estudos, casos de depressão, transtorno de ansiedade, transtornos alimentares e problemas emocionas relacionados ao diabetes.
Por isso, fique atento, e se precisar, peça ajuda especializada de um psicólogo. É vital nos fortalecermos psicologicamente e nos colocarmos sempre como foco da nossa vida, e não a doença.
Eu ,como mãe de um diabético,precisei de ajuda ,quando meu filho de 3 anos( na época )foi diagnosticado eu fiquei meio que sem rumo ,fiquei com medo de não saber com o cuidar dele ,e eu que não sou muito fã de doce passei a consumir compulsivamente e ao mesmo tempo me sentido culpada pois achava que estava traindo meu filho,conversando com a nutricionista que o acompanhava na época ela me orientou a procura uma psicóloga ,e depois de ter um acompanhamento Graças a Deus tudo deu certo e hoje nós temos uma visão bem diferente sobre o Diabetes!Meu filho hoje tem 8 anos!
Lu, gostei de seu texto.. cai bem na Campanha 2012 – Protegendo nosso Futuro!
Um beijo