Dia 20 de fevereiro é o Dia Nacional de Combate às Drogas e Alcoolismo. Dia de um dos combates mais difíceis da nossa atualidade. Diria que de uma batalha sem fim, sem descanso, sem tréguas. Batalha que deve ser constante, pesada, massificada. Combater as drogas é combater o mal que acaba com nossa juventude, nosso futuro, nossos sonhos, planos, nossa continuidade. É combater o mal que acaba com a renovação, com a vida.
Sempre me perguntei – primeiro como pessoa e depois como profissional – o que leva as pessoas a consumirem drogas, mais ainda, o que as deixa serem consumidas por elas? Sem buscar respostas em pesquisas recentes, ou estudiosos do assunto, mas sim naquela que mais rápido me chegava à mente, concluí com minha subjetividade: essas pessoas buscam um fim. Um fim para dores reais, dores de perdas, dores de excessos, dores de vazios, dores simplesmente.
Usar drogas, sejam elas quais forem – álcool, maconha, cocaína, anfetaminas, sedativos – é como usar uma máscara, que esconde quem somos verdadeiramente, quem somos com nossos sofrimentos, quem somos com nossas dificuldades, quem somos com nossas falhas, quem somos para nós e para os outros. Assim, escondido, mascarado, fica mais fácil viver.
Pois viver e sobreviver hoje não está fácil. Tudo muda muito rápido, o que era festejado hoje, amanhã não será curtido, nem compartilhado. Tempos líquidos, emoções líquidas, como diz o sociólogo Zygmunt Bauman. Tudo flui, nos escapa, nos submerge com rapidez, nos engole.
E nesse mundo de fluidez andar com máscaras, às vezes, diminui a angústia de não poder parecer triste, quando todos estão bem, belos e felizes.
As máscaras, desde a Grécia Antiga, já emprestavam feições aos atores no palco. Eram utilizadas para que mesmo com poucos artistas se pudesse representar vários papéis. Com as máscaras era possível um jovem ator representar um ancião, ou uma mulher, já que estas não podiam subir aos palcos. As máscaras também ressaltavam as expressões de horror, espanto, alegria, para os espectadores que sentavam bem distantes do palco. Devemos considerar que a iluminação era escassa naquele tempo, principalmente no teatro. E hoje, não estaríamos nós usando e abusando de máscaras?
Combater o uso de drogas e outros vícios, que nos tornam pequenos, frágeis, irreais, é necessário e urgente. Mas também é preciso combater a escassez de tolerância com a imperfeição, com o sofrimento, com o incerto, com as falhas.
Que o dia 20 de fevereiro seja não só um dia de combate, mas um dia de reflexão. Um dia de cara limpa, sem máscaras.
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