Quando os médicos recomendam o uso da insulina aos novos, ou mesmo antigos pacientes de diabetes, quase um quarto deles se recusam a utiliza-la. Um dos maiores motivos: medo da agulha. E as razões para a resistência de um paciente iniciar a terapia de insulina, muitas vezes chamada de Resistência Psicológica à Insulina (RPI) são muitas. O paciente percebe que este é um fracasso pessoal para gerenciar o seu/sua diabetes e teme uma vida longa de dependência terapêutica com insulina.
Outro fator fundamental é o medo de agulhas. Em um estudo “Medição Psicológica de Resistência à Insulina: Barreiras ao uso da insulina”, publicado em nome da Associação Americana de Educadores de Diabetes, constatou que entre aqueles dispostos a mudar para tratamento com insulina, o medo das injeções foi a maior preocupação encontrado em até 67 por cento dos entrevistados.
O medo surge devido à falta de conhecimento sobre as corretas técnicas de aplicação de insulina e por causa da desinformação acerca dos últimos tamanhos de agulhas (uma delas é de 4 milímetros, menor que o tamanho dos cílios de muitas pessoas). Só isso, em si, já poderia tornar todo o processo da terapia, indolor.
Dissipar medos
Há um consenso clínico de que os profissionais de saúde precisam trabalhar em estreita colaboração com os pacientes para aliviar seus temores sobre a terapêutica com insulina. Eles também precisam lidar com os problemas pessoais e sociais que podem estar levando à hesitação do paciente em mudar da medicação oral para tratamento com insulina.
Na verdade, há um número de educadores de diabetes que está agora trabalhando na área de mãos dadas com os pacientes neste processo de mudança para, eventualmente, ajuda-lo a melhorar sua qualidade de vida. No cerne da questão está a correta técnica de injeção.
A boa técnica de aplicação é vital para atingir o controle glicêmico e prevenir as complicações crônicas. Esta boa técnica também tira o medo de agulhas e ajuda a manter o cumprimento eficaz da insulina, o que é fundamental para a gestão da diabetes.
Outro obstáculo na adoção de boas práticas de terapia de insulina é a escolha da agulha. Há um equívoco comum de que o tamanho da agulha tem que ser diretamente proporcional ao índice de massa corporal, ou simplesmente depender dos níveis de obesidade do paciente. Não há correlação entre o IMC e tamanho da agulha. De fato, agulhas de tamanho pequeno (4-6 mm) funcionam melhor, como também quase não há desconforto, para o paciente e as chances de injetar mais profundo ou em alguma camada errada são desprezíveis.
Educar pacientes
Há também a questão de convencer os pacientes de que a agulha não deve ser usada muitas vezes. A agulha deve ser preferencialmente utilizada apenas uma vez. Uma agulha utilizada várias vezes, pode levar à dor e, consequentemente, aumentar o risco do paciente desistir da terapia com insulina. Da mesma forma, os pacientes também precisam ser informados sobre a maneira correta de administrar injeções e fazer um rodízio de locais de aplicação.
Para manter a conformidade com a terapia de insulina, existem três coisas sobre as quais o paciente precisa ser educado: a insulina, o dispositivo para tomar insulina e a técnica. Embora muito tenha sido escrito, os médicos lamentam que haja, comparativamente, menos entendimento sobre o dispositivo e técnica terapêutica de aplicação do que sobre a própria insulina.
Recentemente, 13 médicos de várias disciplinas se reuniram no âmbito do Fórum para a Técnica de Injeção (FIT), na Índia, a fim de desenvolverem as primeiras recomendações daquele país em técnicas de injeção de insulina, que seriam posteriormente analisadas por outros 82 médicos. Essas recomendações são esperadas para percorrer um longo caminho e então aliviar a vida de muitas pessoas que vivem com diabetes.
Se os dispositivos de injeção, como agulhas, são usados de forma inadequada ou re-utilizados, pode resultar em dor com sangramento e hematomas ou mesmo no rompimento das agulhas, entre outras complicações. Por outro lado, se o tamanho certo da agulha é selecionado e administrado corretamente, o paciente pode adotar a terapia sem nenhum desconforto.
Só com um pouco mais de informação é que a vida das pessoas que vivem com diabetes pode se tornar mais fácil, melhor e saudável.
Dr. SK Wangnoo é o presidente da Fundação de Pesquisa para Cuidados Crônicos e Comitê de Ética na Ìndia
Sou diabética desde 1994 e uso bomba de insulina há 2 anos. Minha maior dificuldade é retirar as bolhas de insulina que se formam no cartucho. Uso sempre a insulina fora da geladeira e, mesmo assim, ás vezes não consigo eliminar totalmente as bolhas e isto provoca entupimento no cateter. Como fazer? Há alguma técnica q retire mais facilmente as bolhas??? Obrigada, Lucia
gostaria de saber onde encontro aqui em salvador algodões com álcool para assepsia, pois há muito tempo não estou encontrando.