Principais benefícios das microalgas para a saúde e nutrição

O seu smoothie matinal pode ganhar uma bela cor verde esmeralda e um aumento dos nutrientes se você adicionar um pouco de spirulina ou chlorella a ele. Mas você conhece todas as razões pelas quais estas algas microscópicas são tão boas para a saúde?

Aqui estão alguns dos principais benefícios pelos quais você deve adicionar as microalgas mágicas em sua dieta, desde aumentar a função imunológica e ajudar no funcionamento do cérebro até combater anemia e prevenir a resistência ao diabetes.

Conhecendo as microalgas

Spirulina

A spirulina é uma alga verde-azulada (cianobactéria) capaz de fazer fotossíntese e considerada em ótimo suplemento alimentar. Reconhecida como uma potente fonte de ficocianobilina, componente bioativo que propicia efeitos antioxidante e anti-inflamatórios, a spirulina também é densa em proteínas e nutrientes como cobre e tiamina, ou vitamina B1. Esta microalga fornece todos os nove aminoácidos essenciais que o organismo necessita para uma função ideal.

Chlorella

A chlorella é uma alga unicelular de água doce que contém pigmentos fotossintéticos em seu cloroplasto. Esta microalga é especialmente rica em zinco, ferro, magnésio, vitamina B2 e ácidos graxos ômega-3. Da mesma forma que a spirulina, a chlorella contém todos os nove aminoácidos essenciais que o corpo não consegue produzir por conta própria.

Embora ambas as microalgas sejam extremamente densas em nutrientes, com apenas pequenas diferenças, a chlorella tem níveis mais altos de vitaminas e ácidos graxos. Na verdade, estes dois superalimentos microscópicos são ótimos acréscimos a qualquer dieta, mas como eles podem interagir de maneira diferente com seu corpo, dependendo de suas necessidades, é uma questão de preferência qual você adiciona ao seu smoothie matinal. Como sempre é indicado, vale a pena consultar o seu médico ou nutricionista antes de tomar um suplemento.

Benefícios das microalgas para a saúde

Gerenciando o diabetes.

Estudos publicados na Revista dos Trabalhos de Iniciação Científica da Unicamp, em 2018, demonstraram que “a alga chlorella é capaz de prevenir a resistência à insulina em animais obesos, pois gera uma melhoria da via de sinalização da insulina no fígado, músculo esquelético e tecido adiposo”.

Como a resistência à insulina leva a progressão da obesidade ao diabetes tipo 2, a Chlorella tem efeito benéfico na prevenção direta da doença. O diabetes tipo 2 está relacionado com uma alta mortalidade, morbidade e a um mau estado geral do paciente, gerando assim uma diminuição na qualidade de vida. A microalga pode, além de ter ação direta na evolução da doença, melhorar a saúde do paciente como um todo.

A spirulina também se mostra promissora como forma de controlar os sintomas do diabetes. Um estudo de revisão de 2018 descobriu que a suplementação de spirulina reduziu significativamente os níveis de glicose no sangue em jejum das pessoas. O alto nível de açúcar no sangue em jejum é um problema comum em indivíduos com diabetes tipo 1 e 2. Isso sugere que os suplementos de spirulina podem ajudar a controlar o diabetes.

Potente fonte de antioxidantes.

A espirulina está repleta de compostos antioxidantes, como a ficocianina, responsável pela sua cor verde-azulada escura. Estudos sugerem que a ficocianina tem benefícios potenciais, incluindo propriedades anti-inflamatórias, proteção contra o estresse oxidativo e qualidades neuroprotetoras.

A chlorella também é reconhecida como um dos mais potentes antioxidantes, por ser a maior fonte de clorofila do planeta – que corresponde a 3% a 5% do seu peso seco. Além da clorofila, a chlorella contém vários compostos que são considerados antioxidantes, incluindo vitamina C, betacaroteno, licopeno e luteína. Estes antioxidantes podem ajudar a combater muitas doenças crônicas, inclusive parecem reduzir os produtos finais de glicação avançada (AGEs), que causam muitas das complicações do diabetes.

Prevenção de doenças cardíacas e hipertensão.

Os peixes são considerados uma fonte comum de ácidos graxos ômega-3 saudáveis. Inclusive eles obtêm este nutriente ao se alimentarem de algas. Um estudo que comparou o óleo de algas com uma porção de salmão cozido descobriu que cada um deles tem aproximadamente o mesmo conteúdo de ômega-3, composto essencial para apoiar a saúde do coração e reduzir a pressão arterial. O ômega-3 também demonstrou aumentar a dopamina e manter a depressão afastada.

Algumas pesquisas sobre a chlorella apontaram para um efeito de redução da pressão arterial. Muitos de seus nutrientes demonstraram prevenir o endurecimento das artérias. A spirulina também pode desempenhar um papel na prevenção de doenças cardíacas, devido aos seus efeitos redutores de colesterol “ruim” – através dos ácidos graxos, anti-inflamatórios e antioxidantes que possui.

Auxilia na eliminação de metais pesados.

Entre os inúmeros benefícios associados às algas, um dos mais proeminentes é característico da chlorella – essa microalga tem a capacidade de se ligar a metais pesados (chumbo, cádmio, mercúrio, entre outros) ​​e eliminá-los. É uma alga com alta afinidade não só por metais pesados, mas também por compostos orgânicos voláteis (VOCs), pesticidas, herbicidas e micotoxinas.

Além disso, alguns estudos sugerem que o uso da chlorella tende a diminuir a quantidade de outros produtos químicos nocivos que possam estar presentes nos alimentos, como a dioxina, que tem características cancerígenas. Como a chlorella é um organismo vivo, ela evoluiu para se ligar apenas a metais tóxicos, não a minerais essenciais. Por esta razão, pode ser usada sem risco de deficiência nutricional.

Algas promovem uma pele saudável.

A spirulina ajuda a facilitar a rápida renovação celular, o que pode ajudar o corpo no processo de cicatrização. Também pode prevenir o crescimento excessivo de fungos, o que ajuda a pele a se recuperar de erupções cutâneas e acne.

A chlorella, por sua vez, contém nutrientes vitais para a síntese do colágeno, que promove uma pele saudável, elástica e uniforme. Acredita-se que a clorofila presente na chlorella ajude o corpo a reverter os danos da radiação, conforme observado em alguns estudos recentes.