Há cerca de 300 anos a humanidade não usava aditivos doces em sua dieta. Os povos mais antigos e civilizações passadas não conheciam este produto. O mel, um adoçante natural, era usado, eventualmente, na forma de remédio. A partir dos últimos séculos, o açúcar começou a ser produzido em larga escala e, obviamente, a ser consumido de forma mais intensa.
Como matéria prima usava-se o açúcar da cana e/ou da beterraba. Cada vez mais purificado, esse pó branco se transformou em sacarose branca. E assim, nasceu o açúcar refinado, resultado de um processamento físico-químico que extrai da garapa a sacarose purificada e anidra, usando e adicionando produtos químicos como clarificantes e antiumectantes.
Considerado como um produto quimicamente ativo, o açúcar refinado se trata de uma substância resultante de um processo de purificação, um concentrado. Do xarope inicial, além de evaporado, são retiradas fibras, proteínas, sais minerais, vitaminas e impurezas, resultando como produto final a sacarose concentrada a mais de 90%, um carboidrato de alto valor calórico e de rápida liberação de glicose no sangue.
O açúcar se tornou um alimento vazio de nutrientes, no entanto, rico em aditivos e resíduos de um processo físico-químico, razão pela qual devemos desconsiderar o açúcar como um alimento.
O corpo humano necessita de nutrientes para sobreviver, mas o açúcar refinado não é um alimento essencial. O corpo necessita de glicose, ou seja, de carboidratos, mas essa glicose pode ser facilmente obtida a partir de uma alimentação balanceada, onde frutas, cereais integrais, legumes e hortaliças são consumidas diariamente.
A glicose é o principal combustível do corpo humano, portanto, é muito importante para o seu metabolismo, quando gera energia de crescimento, regeneração, movimento, pensamento e manutenção, devendo ser consumida da forma correta, de fontes naturais e sadias.
Há quem diga que “açúcar é energia”, porém, se trata de uma citação enganosa. Na verdade, “o açúcar é uma injeção de glicose na veia, ou seja, superabundância de energia química concentrada”.
O Açúcar refinado é sempre um excesso de energia, acima das necessidades reais. E, uma vez ingerido, para onde vai este excesso?
- Depósito de gordura corporal nas vísceras, órgãos, sistemas;
- Maior demanda de energia metabólica (estresse metabólico) para contornar as desarmonias energéticas geradas;
- Envelhecimento precoce, pois a célula só usa o que necessita, todo o resto passa a ser um “estorvo” metabólico;
- Estímulo excessivo do pâncreas;
- Depressão do sistema imunológico, incluindo problemas como doenças repetitivas;
- Desmineralização orgânica, incluindo problemas de anemia, dentes e ossos;
- Subnutrição pela depressão de enzimas digestivas, portanto pobre aproveitamento e fixação de nutrientes;
- Problemas digestivos, gases, constipações, etc.
Ao consumir um produto extremamente concentrado, isolado, será exigida do organismo uma compensação química. Ou seja, serão sequestrados cálcio e magnésio do metabolismo e das reservas. Então, indiretamente, o açúcar “rouba” do organismo depósitos destes minerais, e esta carência de cálcio, magnésio e ferro aumenta quanto maior for à ingestão de açúcar, afirmamos assim que o açúcar é descalcificante, desmineralizante e desvitaminizante.
Importante lembrar que todo alimento classificado como carboidrato ou energético, que são os cereais e suas farinhas, pães, as frutas, os legumes e as verduras, são assim denominados porque se transformam em glicose durante seu processo digestivo. Também, uma pequena parte das carnes e até mesmo das sementes se converte em glicose. Assim, se levarmos em conta que não necessitamos de açúcar extra, tudo o que se consome de açúcar nestes três últimos séculos é excessivo, exagerado, muito além do que o organismo necessita.
O mais importante é fazer com que cada indivíduo entenda que a alimentação natural, sem aditivos doces, contém quantidades suficientes de glicose e energia para o funcionamento do corpo. Ainda mais nestes tempos de modernidade e alta tecnologia, ingerimos muito mais “energia” do que o necessário, principalmente, porque a humanidade está muito mais sedentária, consequentemente, mais pesada, mais obesa e mais doente.
O Brasil é um dos maiores produtores de açúcar do mundo. Neste caso, o brasileiro consome cerca de 200 gramas de açúcar/dia. Por extensão são cerca de 6 quilos/mês ou 72 quilos/ano. Portanto, a cada 13 anos a pessoa consome 1 tonelada de açúcar, então um cidadão de 40 anos já fez passar pelo seu organismo algo como 3 toneladas de açúcar. Ou seja, atualmente, somos uma civilização consumidora de milhares de toneladas diárias de açúcar.
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