Basaglar, biossimilar de glargina, inicia vendas no Brasil com preço 70% mais baixo que a insulina de referência (Lantus).
Basaglar, é o primeiro biossimilar de insulina do mundo, disponível no Brasil. Já em uso na Europa desde 2014, a insulina basaglar tem efeito semelhante à insulina Lantus (insulina glargina 100UI/ml), fabricada pela Sanofi e por esse motivo, chamada de biossimilar.
Basaglar (Glargina 100 UI/ml) é uma insulina biossimilar desenvolvida pela aliança dos laboratórios farmacêuticos Lilly e Boehringer Ingelheim. O medicamento chega como uma opção 70% mais barata que a referência biológica (Lantus – insulina glargina 100UI/ml). Dessa forma, é uma opção mais acessível para diabéticos tipo 1 e tipo 2 que necessitam de aplicações de insulina para controlar os níveis de glicose no sangue.
Biossimilar não é genérico. Como insulinas são medicamentos biológicos, quando temos uma opção biossimilar, ela não deve ser encarada como um substituto. Somente o médico está apto para fazer a troca de Lantus por Basaglar.
Afinal, o que é um Biossimilar?
Para entendermos o que é um biossimilar, temos que entender o que são produtos biológicos. Os produtos biológicos são desenvolvidos a partir de sistemas vivos, como microrganismos, células humanas e células animais. Esses produtos são usados para prevenir, diagnosticar ou tratar doenças e condições médicas específicas.
A insulina humana foi o primeiro produto biológico desenvolvido utilizando a técnica de DNA recombinante. Foi produzido em culturas da bactéria Escherichia coli geneticamente modificada, pelo laboratório Lilly. A partir daí, começou a ser comercializada como produto farmacêutico em 1982.
A tecnologia do DNA recombinante é um conjunto de técnicas que permite a introduzir partes de DNA de diferentes origens em células vivas (células hospedeiras). É o DNA que fornece as instruções de como a proteína deve ser formada. Assim, as células hospedeiras são transformadas em fontes de produção de proteínas, produzidas naturalmente pelo nosso organismo.
A partir desse processo, seres vivos, tais como bactérias, são transformados em fábricas de medicamentos biológicos ou biofármacos, que funcionam 24 horas por dia, 7 dias por semana.
E como a insulina se insere nesse processo?
A insulina é uma proteína, formada por uma sequência de aminoácidos (veja: insulina é tudo igual?). O código genético, ou seja, a sequência de DNA responsável pela produção da insulina, é introduzido na célula hospedeira, que passa a produzir a mesma sequência de aminoácidos de forma análoga à produção humana.
O pâncreas das pessoas que não tem diabetes, secreta insulina 24 horas por dia, esta é chamada de insulina basal, que cobre os períodos entre as refeições. Quando nos alimentamos, os carboidratos ingeridos são metabolizados elevando assim, a glicose na corrente sanguínea. Para que esta glicose toda seja transportada para dentro da células, o nosso pâncreas libera uma quantidade maior de insulina, assim, em um curto período de tempo, os níveis de glicose no sangue voltam a se normalizar.
A tecnologia do DNA Recombinante também permitiu aos pesquisadores alterar como a insulina vai se comportar no nosso corpo ao ser injetada, mudando um aminoácido aqui e outro ali, formando novos tipos de análogos de insulina humana, mas com variação no tempo de início de ação, tempo de duração de ação e o tempo que vai atingir o pico de ação.
Alguns destes “análogos” da insulina foram alterados para que iniciem sua ação minutos após ser aplicados, para imitar a secreção de insulina após uma refeição, atingindo um pico de ação rapidamente. Depois do pico de ação, sua atividade cai, agindo muito semelhante a secreção pancreática de insulina. Outras dessas insulinas, chamadas de análogos de insulina basal, têm sua ação mais lentificada, sem apresentar um pico de ação, atuando nos momentos entre as refeições. A combinação destes análogos de insulinas de ação diferentes, conseguem simular o funcionamento de um pâncreas sem diabetes.
Definindo a Biossimilar…
Uma insulina biossimilar é, portanto, uma insulina derivada de outra insulina análoga. Sendo a mesma insulina, com mesma estrutura, mesma ação e mesmo efeito, e mesmo tempo de ação da insulina de referência. No caso da Basaglar, a insulina de referência é a Glargina, conhecida com o nome comercial de Lantus.
Basaglar chega como um biossimilar de insulina basal de longa duração (ação de 24 horas), 70% mais barato que que a insulina referência (Lantus). A Basaglar é uma opção mais acessível para todos os diabéticos tipo 1 e tipo 2, que necessitam de insulina, para um melhor controle glicêmico.
Porque 70% de diferença de preços entre Lantus X Basaglar?
No Brasil, quem determina o Preço Máximo de Venda (PMC – Preço Máximo ao Consumidor) de um medicamento nas farmácias e drogarias, é a CEMED – Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos.
Por determinação da CEMED, Basaglar deve apresentar seu PMC 70% menor ao PMC de Lantus. Basaglar chega às farmácias brasileiras com um valor próximo a R$ 40,00 por um refil de 3ml.
Entenda como funciona a insulina glargina
Insulina glargina, é um análogo de insulina basal de longa ação, administrada uma vez ao dia, para ajudar a controlar os níveis de glicose no sangue em pessoas com diabetes tipo 1 ou tipo 2. Ela é constituída por microcristais, que, quando aplicados, formam um depósito subcutâneo, liberando-os lentamente no sangue, promovendo uma longa ação, de cerca de 24 horas.
A insulina glargina não apresenta pico de ação, imitando a secreção basal da insulina natural do pâncreas de uma pessoa sem diabetes, desta maneira ela minimiza o risco de crises de hipoglicemias em relação a quem usa insulina NPH.
Por sua ação prolongada, ela deve ser aplicada somente 1 vez ao dia, sempre no mesmo horário, melhorando a adesão do paciente ao tratamento. Com a chegada da basaglar, temos uma perspectiva de melhorar ainda mais esta adesão, com um análogo de insulina mais barata no mercado.
Mais uma novidade
Agora que você já conhece a nova insulina baglasar, temos de uma outra novidade importante sobre o que deve ser incluído no seu dia-a-dia.
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