A alimentação, quando é rica em sal e sódio, pode contribuir para a elevação da pressão arterial. Aliado a isso, se a pessoa ingerir muita quantidade de gordura e açúcar poderá engordar demais e, pelo excesso de peso, a pressão arterial poderá aumentar. A alimentação desequilibrada é um fator ambiental que se associa ao hereditário para a ocorrência da hipertensão. É importante consultar um médico para ver o (s) motivo (s) da hipertensão, pois existem outros motivos. Quando a pessoa está com a pressão aumentada, nem sempre tem sintomas como dor na nuca ou de cabeça, por isso ela é chamada de “doença silenciosa”.
Os alimentos ou produtos, responsáveis por fazer a pressão subir, são os que contem grande quantidade de sal/sódio, como por exemplo: enlatados, conservas, salgadinhos em geral, salgadinhos e macarrão instantâneo de pacote, queijos salgados (prato, provolone, parmesão, muçarela, …), frios (presunto, salame, copa, mortadela,…), embutidos (linguiças e salsichas); temperos, sopas e molhos prontos industrializados. Caso use algum desses produtos, leia o rótulo atentamente e escolha os que tenham menos quantidade de sódio.
Recentemente a ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária) divulgou uma pesquisa alertando a população de que esses produtos são muito ricos em sódio, e que varia muito o teor de sódio de um produto para outro, dependendo do fabricante.
Outro cuidado importante é evitar o consumo excessivo de adoçantes, produtos dietéticos (gelatina, pudim, doce, refrigerantes e sucos) que utilizem sacarina de sódio e/ou ciclamato de sódio.
O hipertenso não precisa eliminar totalmente o sal de sua dieta, mas sim controlar a quantidade usada na alimentação e não utilizar o saleiro à mesa. A quantidade máxima de sal é de 5 gramas /dia (2 gramas estão contidas naturalmente nos alimentos e as outras 3 gramas = 3 colheres de café rasas de sal serão usadas no preparo da alimentação).
Para realçar o sabor dos alimentos podemos lançar mão dos temperos naturais, tais como: alho, cebola, salsa, salsinha, cebolinha, orégano, cominho, manjericão, manjerona, gengibre, páprica, cravo, noz moscada, alecrim, sálvia, pimenta, tomilho, hortelã, entre outros, e também o limão ajuda nesse sentido.
O sal light poderá ser usado, também com moderação, desde que o hipertenso não tenha potássio elevado no sangue ou doença renal crônica. Na doença renal crônica a pessoa não pode consumir o mineral potássio em excesso, e esse mineral é encontrado no sal light. A indicação da utilização do sal light e a quantidade máxima a ser usada deverá ser vista individualmente junto ao médico e/ou nutricionista que acompanha o hipertenso.
A bebida alcoólica, se consumida em excesso, aumenta a pressão arterial sim e, por conter muitas calorias, pode levar à obesidade abdominal (acúmulo de gordura no abdomen/barriga), que interfere também no aumento da pressão. Além disso, não é indicada para quem tem o triglicérides elevado (tipo de gordura) ou excesso de peso prévio.
A alimentação saudável, não só para o hipertenso como para todos nós, deve incluir: Hortaliças e frutas frescas (as cruas tem mais potássio), cereais de preferência integrais por conta das fibras, carnes magras (peixe, frango ou boi), leite e substitutos desnatados, leguminosas, óleos vegetais (canola, oliva, girassol, milho ou soja), margarina light sem sal e oleaginosas (castanhas, nozes, amêndoas).
Esses alimentos fazem parte da dieta DASH “Dietary Approaches to Stop Hypertension” foi um estudo para verificar o efeitos da dieta em reduzir a pressão arterial, mas que é saudável também para cuidar do nosso coração.
Adriana Lúcia Van-Erven Ávila CRN 3 – 2816 (Nutricionista da Clínica
Christiane Sobral)