Estudo Pioneiro, em Síntese: Tratamento com Células Troncos em Diabéticos Tipo 1

 

 

Em 19/01/2013, na semana passada, o Jornal Nacional levou ao ar a seguinte reportagem:

“Pesquisadores usam células troncos em tratamentos experimentais com diabéticos”.

O Brasil é pioneiro mundial no uso de células-troncos para diabetes tipo 1. O primeiro teste foi realizado em 2003, em Ribeirão Preto, e seus pacientes recebem acompanhamento até hoje. Atualmente, os estudos foram aprovados pela FDA e disseminados pelos Estados Unidos (Chicago) e Europa (França e Inglaterra).

No início da vida, quando se está conhecendo os gostos e criando o paladar, uma doença autoimune aparece e de repende você tem que deixar de comer o que gosta. Participante do estudo relaciona o diagnóstico à perda do prazer na comida, parecem forte as restrições que teve que passar. Mas hoje, será que o paciente diabético perde esse prazer?

A vontade de deixar de lado várias doses de insulinas diárias para o resto da vida move a vontade do paciente deixar a insulina para trás. Uns até relatam os efeitos colaterais do tratamento, mas dizem que passariam por tudo novamente.

O tratamento envolve um isolamento do paciente, seguido de um tratamento de quimioterapia, que tem como objetivo zerar o sistema de defesa do paciente. Assim, após os efeitos colaterais (vômitos, perda de cabelo, emagrecimento), prosseguimos para a próxima etapa onde as células-tronco, tiradas do próprio paciente, são injetadas novamente com o intuito de gerar um novo sistema imunológico sem vícios que não destrói mais as células do próprio pâncreas do paciente.

Infelizmente, o estudo não promoveu a cura, mas alguns diabéticos ficaram de 6 a 7 anos sem o uso de nenhum medicamento, ou seja, sem tomar insulina.

Os pesquisadores dizem: “Como mostramos bem, tratam-se apenas de pesquisas e muito teremos que estudar para chegar em qualquer conclusão.”

Com certeza é uma reportagem que mexe com todos, fica a expectativa de uma possível cura? Para alguns sim, outros na ciência pouco acreditam, e existem aqueles que aprenderam a viver a Diabetes…

 

No Grupo Nutrição Doce, no facebook, o assunto foi abordado após a exibição da reportagem e alguns participantes se expressaram, tomei a liberdade e permissão e trouxe dois depoimentos:

 

“Será que vale a pena? – E ela questiona – Você parar um tempo, alguns anos, de tomar insulina para depois voltar a tomar doses mais baixas? Qual seria a vantagem disso? Tratar a diabetes bem é ter disciplina e estar sempre de bem com a doença. Temos que seguir alguns critérios, como: atividade física regular, alimentação equilibrada e controle glicêmico. Aliás, alimentação equilibrada e atividade física é regra para qualquer ser humano!” (Ademara Borges)

 

“Difícil né? Mas, são pequenos passos que a Ciência dá para tentar resolver algo tão complexo! Um pouco de conhecimento aqui, outro acolá… De repente, o quebra-cabeças está formado! Lembrando sempre que, “de repente” em ciência são muitos e muitos anos!!! Deus abençoe a todos que trabalham nesta e em outras pesquisas, bem como os voluntários que se arriscam, visando em um primeiro momento o próprio bem, mas, acabam que por contribuir para o bem da humanidade como um todo!” (Ivo Becaro)

 

Para entender melhor a pesquisa, alguns conceitos precisam ser revistos:

De acordo com a SBD, denomina-se Diabetes Mellitus Tipo 1 quando a produção de insulina do pâncreas é insuficiente, pois as suas células sofrem de destruição autoimune. Sem produzir insulina, os portadores de DM 1 necessitam de injeções diárias de insulina para manter a glicose no sangue em valores normais. Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em crianças, adolescente ou adulto jovem.

De forma simplificada, células-tronco são as células primitivas com capacidade de autorreplicação, isto é, com capacidade de gerar uma cópia idêntica a si mesma e com potencial de diferenciar-se em vários tecidos, ou seja, dão origem a outros tipos de células.

Quimioterapia é um tratamento que utiliza medicamentos que usam à destruição da célula doente que, no caso de câncer, formam tumor.