O autocuidado é a chave para prevenir o diabetes tipo 2 e para melhorar a qualidade de vida de quem já tem o problema.
Com incidência crescente, o diabetes já adquire características de pandemia. Aumentando no compasso do desenvolvimento dos países e da progressiva adoção do estilo de vida ocidental, com maior consumo de alimentos industrializados e hábitos sedentários estimulados pelas facilidades tecnológicas e pelos novos meios de comunicação do mundo moderno. No Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, a doença afeta cerca de 12% da população entre 30 e 69 anos. Desse total, metade ignora que tem diabetes e apenas uma minoria está com o problema bem controlado. Por quê? Principalmente porque faltam o conhecimento e a motivação para se cuidar melhor.
O autocuidado é a chave para prevenir o diabetes tipo 2, que responde por 90% dos casos e atinge principalmente adultos, embora venha aumentando em outras faixas etárias, em função do crescimento da obesidade infanto-juvenil. O diabetes tipo 1, que acomete sobretudo crianças e adolescentes, está relacionado à falta de produção de insulina pelo pâncreas, que sofre uma agressão pelo próprio sistema imunológico. No tipo 2, o processo de desenvolvimento da doença está associado ao ganho de gordura abdominal, e a gordura afeta a ação da insulina, tornando-a menos eficiente na função de transportar a glicose do sangue para dentro das células. Para compensar essa redução de eficiência, o pâncreas produz mais insulina e acaba sobrecarregando suas células, que morrem precocemente. Após 10 anos, em média, o organismo perderá perto de 50% dessas células e com elas a capacidade de processar a glicose, elevando sua concentração no sangue até caracterizar o diabetes.
Estudos como o do Diabetes Prevention Program (EUA) mostram que os pacientes com alto risco para desenvolver diabetes que são treinados para cuidar da alimentação e praticar atividade física reduzem em 58% o risco de desenvolver a doença. Uma vez diagnosticado o diabetes, o desafio é lidar com as complexa mudanças ocasionadas por ele e com os riscos associados a ele, como infarto, perda da visão, infecções que levam a amputações. É verdade que o diabetes não é reversível. Mas o autocuidado pode assegurar ao paciente uma rotina muito diferente dessa imagem de ‘condenação’.
Os pacientes saem do consultório dispostos a cumprir as recomendações sobre dieta, atividade física, dosagem de glicose na ponta do dedo e uso de medicação. Mas, sozinhos, uma minoria consegue manter tais mudanças. No caso da diabetes, as chances de sucesso aumentam significativamente com a orientação de um educador. Esse profissional, atuando de maneira integrada a uma equipe multidisciplinar, vai motivar e treinar a pessoa para adotar novos comportamentos, identificando eventuais dificuldades e estabelecendo estratégias de cuidado personalizadas. A dieta, por exemplo, terá restrições de carboidratos, incorporando mais fibras originadas de frutas, verduras e grãos integrais que ajudam a reduzir a absorção dos açúcares, mas o nutricionista levará em conta hábitos e preferências do paciente, buscando alternativas saudáveis e prazerosas para ajudá-lo a se organizar para assegurar que se alimente a intervalos não superiores a três horas, evitando a hipoglicemia. A mesma regra vale para o educador físico, que planejará as atividades considerando as condições físicas e de saúde e as aptidões do indivíduo. Por exemplo, um sedentário poderá ter enorme dificuldade para cumprir o mínimo recomendado pela OMS, que é caminhar 30 minutos, cinco dias na semana. É um desafio que o profissional de educação física ajudará a superar.
O farmacêutico pode treinar o paciente em procedimentos como medição de glicose, controle dos medicamentos orais administrados para melhorar a ação da insulina e estimular sua fabricação pelo pâncreas e, se for dependente de insulina, receberá treinamento para que possa fazer a aplicação corretamente, incluindo a técnica, as doses certas e a higienização.
A equipe conta ainda com um psicólogo, que ajudará o indivíduo a lidar com o impacto do diagnóstico (não são incomuns casos de depressão) e aceitar sua condição de diabético, para que a pessoa não se considere um doente, e sim alguém que precisa ficar mais atento consigo mesmo e assumir a responsabilidade de ter uma vida mais saudável.
A “Organização Mundial de Saúde” (OMS) define a saúde como:
um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afeções e enfermidades.
O diabetes não é curável, mas a educação e o autocuidado fazem a diferença, reduzindo complicações e melhorando a qualidade de vida. Para quem está ganhando gordura abdominal ou está na fase pré-diabetes, que se caracteriza por níveis de glicose maiores que o normal, mas não tão altos para serem considerados diabetes, esses cuidados consigo mesmo podem virar o jogo.
Entender seu tratamento é fundamental para que você consiga um bom controle glicêmico e assim mais qualidade de vida. Sugiro a leitura do livro digital “Desvendando os Segredos do Diabetes”, para você conhecer os detalhes de seu tratamento, clique no botão abaixo:
Quer aprender receitas saborosas e saudáveis?
Clique no botão abaixo e conheça o livro digital 400 Receitas para Diabéticos do lanche a sobremesa.
Se você é profissional de saúde e tem interesse em se tornar um Expert em Diabetes, é só clicar no botão abaixo para conhecer o Treinamento DIABETES EXPERT | Curso para Farmacêuticos.
DIABETES EXPERT | CURSO PARA FARMACÊUTICOS
Eu achei muito interessante e importantes saber sobre a diabetes tem coisas que eu não sabia.