Diabético seu médico não é sua salvação

Quem é o Educador em Diabetes?

Diabetes é um problema de saúde pública em todo mundo. Muito se fala em educar o paciente diabético para que ele consiga minimizar o controle do diabetes com uma auto-gestão eficiente e desta maneira minimizando os surgimento das complicações como:

• AVC
• Infarto
• Neuropatia
• Nefropatia
• Disfunção Eretíl

Mas quem deve fazer esse papel de educador?

A grande maioria dos pacientes acredita que este é o papel do médico mas isso não é assim nem pode ser assim. A frequência com que o paciente visita o médico é muito menor do que ele visita outros profissionais de saúde.

O tratamento do diabetes depende não somente de ajuda médica, mas depende muito das ações que o paciente toma também.

Paciente diabético precisa buscar ou comprar medicamentos e insumos pelo menos uma vez ao mês.  Quando ele utiliza o sistema único de saúde – SUS, ele os  recebe de um profissional seja ele farmacêutico ou enfermeiro. Quando ele compra ele deve ir até uma farmácia comercial, sendo atendido pelo farmacêutico e sua equipe.

O que vejo é uma grande falha neste sistema onde 99% desses profissionais que atendem esse paciente simplesmente entregam o material solicitado sem nenhuma orientação adicional. Esta é uma regra muito comum, profissionais despreparados atendendo a população cada vez maior de pacientes que têm uma necessidade absurda de orientação, para que sua vida seja saudável.

Educação em diabetes deve ser levada ao paciente, com certeza, mas temos que preparar melhor nossos profissionais de saúde para o atendimento destes pacientes. Somente assim vamos conseguir minimizar os problemas de saúde de quem tem diabetes descontrolada.

Diabetes com Educação é Diabetes Sem Complicação

Grande parte dos pacientes diabéticos não sabe como:

• Manipular a insulina corretamente.
• Fazer uma auto aplicação de insulina corretamente.
• Usar e interpretar os resultados obtidos pelos medidores de glicose (glicosímetros)  a seu favor.
• Pulam doses de medicamentos por não sentirem nenhum sintoma.
• Abandonam o tratamento pelo mesmo motivo acima.
• Dobram a dose da medicação simplesmente porque se alimentaram em excesso acreditando que esta atitude vai minimizar as consequências do abuso.
• Não tem noção de como o medicamento está agindo em seu corpo para ajudá-lo.

Educar vai muito além de ensinar, Educar é orientar, acompanhar, corrigir erros, traçar metas. Nossos profissionas de saúde estão preparados para isso?

Teoria da Maçaneta

Certa vez, estava reformando um apartamento e escolhi maçanetas de bola para minhas portas. A minha decoradora não deixou que eu comprasse aquelas maçanetas que eu havia gostado muito. Ela me explicou que com elas eu teria muita dificuldade em abrir minhas portas com as mãos ocupadas, com uma criança no colo ou até mesmo se tivesse quebrado meu braço.

Sabe porque estou contando esta história agora?

Simplesmente para deixar claro que quando entendemos o porquê de nossas escolhas, nossas atitudes, a aceitação fica muito mais fácil. Assim é com o paciente diabético, se ele entende o porque tem que tomar a medicação naquele horário, porque deve armazenar a insulina daquele jeito, porque deve fazer rodízio dos locais de aplicação, porque deve fazer as medições de glicose, a adesão ao tratamento correto fica mais fácil.

Pesquisas indicam que somente 10% dos pacientes diabéticos tipo 1, possuem controle glicêmico adequado, com hemoglobina glicada abaixo de 7% e somente 27% do tipo 2 se encontram nesta situação. Temos que lembrar que existe cerca de 14 milhões de diabéticos no Brasil. Ocupamos o 4º lugar no mundo em número de casos de diabetes. 46% dos nossos diabéticos nem sabem que têm a doença, pois nunca fizeram um simples exame de glicemia capilar.

Quando escolhemos uma profissão na área de saúde, temos a possibilidade de cuidar de alguém, acredito que nós, profissionais de saúde temos uma missão especial, temos a missão de transformar vidas.

Então o que falta para que possamos transformar a vida dos milhões de diabéticos que vivem em nosso país e mudar esta assustadora estatística que nos acompanha?

Somente conseguiremos mudar esta situação capacitando nossos profissionais que estão em contato direto e constante com estes pacientes. Esta não é somente uma responsabilidade do médico no momento da consulta, mas sim, de toda uma equipe multidisciplinar.

O tratamento do diabetes é individualizado, ou seja, o profissional que está fazendo o atendimento, deverá sempre levar em consideração as necessidades de cada indivíduo. Veja agora o que os profissionais de saúde podem fazer pelo paciente diabético:

• Médico: este profissional está apto a fazer o diagnóstico do paciente, prescrevendo o tratamento mais indicado para o seu perfil. Realizar o acompanhamento periódico deste paciente, fazendo ajustes de doses, introduzindo outras terapias associadas ou até mesmo substituindo a terapia usada por outra ainda mais adequada.
  
• Farmacêutico: orientar no uso racional dos medicamentos e insumos (medidores de glicose, seringas, canetas, etc). Orientar as boas práticas de aplicação, armazenagem e transporte da insulina. Acompanhar os parâmetros bioquímicos, e quando necessário encaminhar o paciente para a consulta médica antes do previsto.
• Nutricionista: orientar o paciente a fazer boas escolhas alimentares, possibilitando uma alimentação saudável e saborosa ao mesmo tempo, sempre levando em consideração a necessidade calórica diária de cada paciente.
• Educador Físico: este profissional irá orientar o paciente na adoção de atividade física adequada para o seu perfil, traçando um plano de ação para melhora de saúde como um todo.

Outros profissionais de saúde também estão envolvidos neste acompanhamento e orientação tais como: enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, etc.

Se cada um de nós fizer o trabalho adequadamente, podemos mudar esta triste realidade que nos assombra cada dia mais.

O Farmacêutico e o Diabético

Sou farmacêutica e nos últimos 10 anos venho focando todo o meu tempo em aprimorar meus conhecimentos na área de Diabetes.

Fiz isso porque quando montei minha farmácia, em 2006, não queria ser só mais uma no mercado, queria ter “A FARMÁCIA”, então montei a Doce Vida – Especializada em Diabetes.

Naquela época eu não sabia quase nada sobre diabetes. Sabia que diabetes era o aumento de glicose no sangue. Então entrei de cabeça neste mundo e descobri a minha verdadeira vocação.

Minha missão de vida é: “Melhorar a vida do maior número possível de pessoas com diabetes”.

Nós farmacêuticos somos os profissionais de saúde mais visitado pelo diabético. Existe um ditado que diz assim: “Uma andorinha sozinha não faz verão”, então pensei, porque não transferir tudo que já aprendi, até hoje, sobre diabetes, para os meus colegas? Desta maneira o número de diabéticos com possibilidade de ter suas vidas transformadas será muito maior.  

Então criei o Treinamento DIABETES EXPERT.  

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