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sexta-feira , 8 de novembro de 2024

Diabetes: especialista alerta cuidados com os pés

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Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Cardiovascular apontam que todos os anos são realizadas cerca de 40 mil cirurgias de amputação de membros inferiores no Brasil, sendo que 90% delas em decorrência de complicações da diabetes. O diabetes mal controlado causa ao longo do tempo alterações no sistema nervoso, na pele, nas unhas, no sistema vascular, fazendo com que o paciente tenha pé ressecado, redução da sensibilidade e malformação das unhas. O ressecamento leva às rachaduras e lesões maiores.

Na maioria dos casos, o principal problema é que o tratamento do pé diabético não é feito precocemente. Isso ocorre porque, muitas vezes, o paciente ainda não sabe que tem a doença ou se recusa a aceitar o diagnóstico, já que os sintomas iniciais não provocam grande incômodo. Sem tratamento adequado, a ferida evolui, levando à amputação. Só no Hospital Geral de Fortaleza, HGF, foram realizadas 411 cirurgias de amputações no ano passado. São cerca de 35 por mês. Uma realidade que poderia ser diferente.

O cirurgião vascular Rodrigo Landim, do Hospital Geral de Fortaleza (HGF) explica que algumas atitudes simples podem evitar as amputações de membros inferiores. É preciso examinar diariamente os pés e ter cuidados com bolhas, rachaduras e ressecamentos. O paciente deve evitar colocar os pés de molho, pois eles poderão rachar ou ressecar. Não andar descalço, mesmo em casa, é outra recomendação importante. É preciso ter muita atenção com calos ou verrugas, para que só sejam removidos com pessoas devidamente treinadas. O paciente deve usar cremes hidratantes para os pés, retirando o excesso e deixando o espaço entre os dedos bem seco.

Fique alerta aos sintomas do pé diabético

  • Dor nas pernas, principalmente com exercícios;
  • Feridas que não curam; e
  • Pés inchados, azulados e ressecados.

 

Amputação

A amputação é o procedimento cirúrgico mais antigo e significa retirada, geralmente, cirúrgica, total ou parcial de um membro. A amputação não deve ser considerada como fim, e sim como o início de uma nova fase, que tem como principal objetivo manter e/ou devolver a dignidade e funcionalidade do paciente. Acredita-se em que, dentre todas as amputações, as de membros inferiores ocorrem em 85% dos casos, sendo suas causas mais comuns: insuficiência vascular periférica como consequência de diabetes, aterosclerose, embolias, tromboses arteriais, traumatismos e tumores malignos. Das causas vasculares que levam a amputação, o diabetes corresponde a 80%, e as taxas de mortalidade associada à amputação variam de 6 a 17%. Acredita-se em que o prognóstico é pior em pacientes idosos, pois está associado a uma habilidade física desfavorável e uma maior dependência social. As amputações podem levar a complicações como: hematoma, infecções, necrose, contraturas, neuromas, sensação fantasma e dor fantasma, além das complicações psicológicas.

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