A cirurgia bariátrica melhora a saúde de quem tem Diabetes Tipo 2, muito além da perda de peso. É isso que determina o parecer do CFM – Conselho Federal de Medicina, publicado no dia 1º de novembro de 2017.
No Diabetes Tipo 2 a insulina produzida e secretada pelas células beta do pâncreas é insuficiente para transportar a glicose do sangue para dentro da células. Em outros casos, ela não consegue desempenhar o papel dela adequadamente.
A cirurgia de perda de peso deixa de ser experimental e passa a ser uma alternativa de tratamento para quem tem tem diabetes tipo 2 e IMC entre 30 Kg/m2 e 34,9 Kg/m2. Anteriormente a cirurgia somente era liberada para quem tinha IMC acima de 35 Kg/m2.
IMC ou Índice de Massa Corpórea é o peso da pessoa em Kg, dividido pela altura em metros, ao quadrado (altura X altura). Entenda com o exemplo abaixo:
O estudo STAMPEDE – Surgical Therapy and Medications Potentially Eradicate Diabetes Efficiently, é o primeiro randomizado feito para analisar resultados de tratamentos cirúrgicos e clínicos do diabetes tipo 2. Os tratamentos cirúrgicos analisados foram as cirurgia bariátrica e metabólica. O estudo foi publicado em fevereiro de 2017 no New England Journal of Medicine. Os resultados mostraram que as cirurgias de redução de peso se mostraram 6 vezes mais eficazes que o tratamento intensivo. A cirurgia é mais benéfica ainda que o tratamento seja associado à medicação, uma alimentação balanceada e atividade física.
O estudo STAMPEDE acompanhou 150 pacientes, durante 5 anos, divididos em 3 grupos distintos:
O tratamento do Diabetes tipo 2 visa minimizar o surgimento de complicações ao longo do tempo de diagnóstico. Cerca de 90% das pessoas que desenvolvem diabetes tipo 2, apresentam sobrepeso ou obesidade, sendo assim, a perda de peso é fundamental para melhorar o controle dos níveis de glicose no sangue.
Os resultados mostraram que os grupos cirúrgicos obtiveram um controle glicêmico com perda de peso consistente e redução do uso e medicamentos para diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Além disso, mostraram que após cinco anos, os efeitos metabólicos do tratamento cirúrgico se mantêm e são efetivos no tratamento da doença em obesos moderados ou severos.
O diabetes pode causar falência renal, cegueira e amputação de membros. A maioria dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico combinado aos medicamentos (88%) atingiu e manteve níveis de glicose no sangue aceitáveis.
Mais recentemente, as pesquisas médicas demonstram que a cirurgia de perda de peso também podem afetar diretamente a forma como o corpo usa insulina. Além do benefício de perder diretamente peso e melhoria dos níveis de glicose no sangue, esta cirurgia em si auxilia as pessoas na gestão da diabetes 2 seu tipo. E pode:
Existem várias formas de cirurgia para obesidade (também conhecidas como cirurgias bariátricas) que podem ser oferecidas. As opções cirúrgicas incluem a remoção de parte do estômago para reduzir seu tamanho e, consequentemente, diminuir o apetite e a ingestão de alimentos. Existem também a cirurgia de desvio do sistema digestivo para ignorar o estômago.
Ambos os tratamentos ajudam as pessoas a reduzir a ingestão de alimentos devido à diminuição da necessidade comida para se sentir saciado. Embora também afetem beneficamente o modo como o corpo utiliza a insulina.
Até hoje, a cirurgia deste tipo não tinha sido plenamente reconhecida como um tratamento padrão para o diabetes tipo 2. As diretrizes do CFM – Conselho Federal de Medicina recomendava que a cirurgia para perda de peso para as pessoas com diabetes tipo 2 atendam a critérios mais rigorosos, incluindo os recém-diagnosticados com diabetes tipo 2 e que apresenta-se IMC igual ou superior 35 Kg/m2.
Com o novo parecer, pacientes diabéticos tipo 2 com menos de 10 anos de diagnóstico e IMC entre 30 Kg/m2 e 34,9 Kg/m2, que não tiveram resposta ao tratamento medicamentoso e mudança de hábitos.
A cirurgia, neste caso, não visa somente a perda de peso, mas beneficia o paciente através das alterações metabólicas, que melhora o funcionamento da insulina, com um melhor controle dos níveis de glicose no sangue, melhora no controle da pressão arterial, nos níveis de colesterol e triglicerídeos. promovendo mais qualidade de vida e aumento da expectativa de vida.
A cirurgia para diabetes tipo 2 não é uma cura permanente. No entanto, estudos mostram que mesmo nas primeiras semanas após a cirurgia, e ainda sem perda de peso significativa, muitos pacientes conseguem controlar os níveis de glicose no sangue, mesmo sem medicamento.
Converse com seu médico para descobrir se você tem o perfil para fazer este tipo de cirurgia e quem sabe, se livrar dos medicamentos para controle do diabetes.
Mesmo que as opções de cirurgia para controle da insulina sejam promissoras, uma boa alimentação ainda é uma das principais maneiras de se controlar efetivamente o diabetes.
A falta de informação sobre alimentação é um problema bastante sério e que incomoda muitos diabéticos. Por este motivo eu escrevi o Livro Digital “Alimentação Sem Restrição”, que vai te mostrar como você pode comer comidas que adora e ainda assim manter os níveis de glicose controlados. E claro, aliar uma boa alimentação à prática de exercícios.
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