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sexta-feira , 8 de novembro de 2024

Aleitamento materno e diabetes. Existem muitos motivos para amamentar…

Estamos na Semana Mundial de Aleitamento Materno. Um assunto de grande importância para todas as mulheres, diabéticas ou não. O mote da campanha do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria, este ano, é:  Amamentar hoje é pensar no futuro. E é exatamente esse o destaque de hoje aqui no blog Educação em Diabetes .

Para quem tem diabetes, amamentar pode significar um melhor controle glicêmico, principalmente nas mulheres com diabetes do tipo 2. As diabéticas do tipo 1 devem monitorar a glicemia antes e depois de amamentar. Isso porque há uma intensa queima calórica, e podem ocorrer episódios de hipoglicemia.

No meu caso, sou MODY, um tipo genético raro (não uso insulina, só usei na gravidez), o aleitamento foi essencial para manter meus níveis de açúcar em ordem e para voltar ao meu peso. Engordei nove quilos na gravidez e em 10 dias já estava com o meu peso de antes de engravidar. O hipoglicemiante não é indicado para mulheres que amamentam, mas eu nem precisei de remédio nessa fase. Eventualmente, fazia uso de insulina rápida para correção. Não precisei da insulina de ação prolongada.

Calcula-se que o aleitamento materno promova uma perda diária de 500 a 800 calorias para a produção de leite, ou seja, o equivalente a uma corrida de cerca de oito quilômetros. Segundo estudos, a energia adicional requerida pela lactação está associada diretamente às mudanças de curto prazo na insulina e glicose. Aí, explica-se porque temos uma chance maior de voltar mais rápido ao peso normal.

Mas o que aconteceu comigo nos meses seguintes foi ainda melhor. Além de perder os nove quilos que ganhei na gravidez, emagreci outros oito quillos! Sério! Isso também contribuiu para o bom controle. Reduzindo o peso, reduzi a resistência à insulina. Foi uma fase incrível. Amamentei exclusivamente até os seis meses. E até os dois anos e meio complementando com a alimentação.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno até os dois anos ou mais. E não é à toa não! Não são poucos os estudos que compravam os benefícios para a mãe e para a criança. Uma pesquisa da Universidade de Harvard, por exemplo, publicada no Jornal da Associação Médica Americana, concluiu que amamentar diminui o risco das mães desenvolverem  diabetes tipo 2.

Eu sei, muito provavelmente, você que está lendo este texto já é diabética, mas espalhe isso para as amigas que não são. Veja, segundo o estudo, o ato de amamentar reduz em 15% as chances de desenvolvimento da doença. Mais do que isso, o estudo sugere que cada ano extra de amamentação é associado a uma redução ainda maior do risco. Se uma mulher tiver dois filhos e amamentar os dois por um ano cada um, ela diminui em um terço o risco iminente de desenvolver a doença. E essa foi uma pesquisa ampla, com 157 mil mulheres em dois estudos separados.

Há também estudos que relacionam o aleitamento materno há uma menor chance da criança desenvolver diabetes tipo 2 na fase adulta. Em sete estudos envolvendo 76.744 indivíduos, observou-se uma redução de 39% no risco de desenvolver DM2 naqueles indivíduos que foram amamentados na infância. “Com base nas evidências publicadas, o aleitamento materno pode fornecer um grau de proteção a longo prazo contra o desenvolvimento de diabetes tipo 2”, concluíram os investigadores.

Quer mais? Aqui abordamos somente os benefícios relacionados ao diabetes, mas existem diversos outros bons motivos para amamentar. Não perca essa chance de investir no futuro!

 

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