Passada a primavera do diagnóstico e toda uma avalanche de informações novas, a pessoa com diabetes e sua família têm um grande evento pela frente: a Páscoa. Acredito que ela seja a festa mais temida, principalmente pelos pais de crianças com diabetes, em função das suas tradicionais e infinitas guloseimas. Ovos de Páscoa, balas, bombons, amendoins crocantes, pirulitos, etc., estarão não só ao alcance de nossos filhos como serão oferecidos a eles, inclusive em forma de presente, até por pessoas muito queridas. Então, a cesta de Páscoa passa a ser um tormento, mesmo para aqueles que já contam carboidratos.
Com o passar do tempo (e pode ter certeza, ele nos ensina muito) aprendemos que tudo o que era de grande importância, como as guloseimas, passa a ter um outro sentido. Não é a cesta grande e recheada que deve prevalecer, mas sim a mensagem que este ovo (símbolo do novo, da nova vida) representa.
Já me angustiei muito nas primeiras páscoas. Agora, me preocupo com o que ela deve significar para os meus filhos. Abundância, exagero? Não. Partilha, convivência, generosidade? Sim. Comemos chocolate na Páscoa. Comer chocolate é muito bom, em todas a suas versões, bombons, trufas, barras… Mas o chocolate da Páscoa, desta nova Páscoa, perde em quantidade e ganha em qualidade e sentido. Abrimos um ovo de chocolate e comemos em família. Não tem mais essa de que este ovo é meu e esse é teu. Aqui os ovos e chocolates são de todos. São partilhados, divididos, saboreados pela família inteira.
Para viver essa nova e especial Páscoa precisamos recuperar os seus principais valores. Liberdade, transformação, renascimento, são algumas das mensagens pascais. Assim como o sacrifício também. Talvez a saída para este momento seja viver na prática estes ensinamentos. Ao invés da busca ao ovo de chocolate, que tal marcar um belo passeio ou quem sabe uma viagem em família. No lugar de doces tradicionais, por que não montar uma cesta também com produtos saudáveis para todos? Ao contrário dos anos anteriores, pense em um presente diferente. Devemos ser criativos, e buscar alternativas para este momento de nossas vidas, capaz de nos libertar de velhas práticas, partindo por um caminho novo, onde cuidaremos não só melhor de nossos filhos como de nós mesmos.
Feliz Páscoa!!
Simone Vollbrecht
Psicóloga e Educadora em Diabetes
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