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Ser mãe, e a arte de reinventar(se)

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Esses dias, conversando com amigas que ainda não tem filhos, conclui que esse papo de se planejar para ser mãe serve só para aliviar angústias frente ao desconhecido e inesperado da maternidade. Nem preciso dizer que todas estavam muito angustiadas com esse negócio de ser responsável pela vida de um serzinho totalmente dependente que lhe cai nos braços, do dia para a noite. E que todas estão envolvidas com projetos e planos futuros que lhes impedem de serem mães, assim, agora, sem planejar. A maternidade hoje é postergada, até que estejamos plenamente prontas. Aviso: nunca estaremos!

Atualmente publicam uma penca de livros e manuais sobre como ser uma mãe ou pai melhor. Nunca se falou tanto do maternar, nunca se vendeu tantos produtos para auxiliar os pais na criação dos pequenos. Desde termômetros em formato de chupeta, até aparelhos que identificam o choro do bebê (que por sinal, muitas vezes, nem sabe porque chora).

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Mas a ideia desse texto, não é relatar minha experiência como mãe. Nem dizer aos outros como deve ser, ou o que deve fazer uma mãe. Muito menos o que é certo ou errado. Tenho dois filhos. Um casal, e tenho alguma vivência no assunto. Mas vou revelar um segredo: continuo aprendendo todos os dias. O que vivi com um filho, ajudou bastante, mas não me deu garantias de tranquilidade e plenitude. Pelo contrário, me fez repensar o que fui e o que quero ser como mãe hoje e amanhã. Refazer-se é o motor da maternidade. Repensar-se é o azeite das engrenagens. Recomeçar é inevitável.

Na minha opinião a frase “faria tudo igual”, caso me fosse dada a possibilidade de voltar ao passado, é o maior atestado de burrice que alguém pode assinar. Com certeza, faria coisas diferentes, porque não sou perfeita e porque com certeza errei muito. Principalmente tentando ser uma boa mãe. Mas o que representa ser uma boa mãe? É admitir, não só para os outros mas para si mesma, que errou. Não uma, mas umas quantas vezes. Porque “ser mãe talvez seja a arte de dar o que a gente não tem” como nos fala a Betty Milan, uma psicanalista que recentemente lançou um livro sobre a proeza de ser mãe (Carta ao filho – a arte de ser mãe). E é esse não saber que faz a gente ser a mãe que a gente é: única. Com erros e acertos, com dor e prazer.

Não tem receita, nem manual, muito menos conselho que garanta alguma coisa. Ser mãe é construção diária, é desafio constante, é mergulhar de cabeça no abismo das nossas dúvidas, sem proteção alguma. Ser mãe é ter a possibilidade de ser alguém melhor todos os dias. Feliz dia de ser melhor!!!!

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