Com a proximidade do dia das mães comecei a lembrar intensamente das minhas queridas avós. Dizem que quando perdemos algo é aí que aprendemos a valorizar. Mas não é o meu caso, pois sempre valorizei muito as duas. E talvez por isto esteja sentindo tanto a falta delas. Num intervalo de um ano e meio as duas se foram. Viveram plenamente e deixaram muitas sementes. Lembrar das minhas avós é um hábito quase diário, pois a mulher e mãe que me tornei hoje foi certamente moldada pela participação ativa delas em minha vida. O que melhor herdei foram as lições, valores e lembranças que elas me deixaram. Lembrar das duas é recordar a melhor e mais importante fase da minha vida: a infância. Eu acredito que é lá que nos tornamos quem verdadeiramente somos. E minhas avós também acreditavam. Talvez por isso estavam sempre por perto, amparando, consolando, ajudando, acariciando e aninhando os netos.
Mas não é só a respeito das minhas avós que vou falar hoje. Queria aproveitar e refletir também sobre a convivência dos avós com o diabetes. De como também é dolorido para os avós esse enfrentamento. E que nós pais, às vezes (isso quer dizer quase sempre), cobramos maior participação deles, mas também não conseguimos enxergar como isso pode ser difícil.
A relação de avós é difirente da de pais. Portanto cuidar do diabetes também é diferente para eles. Na maioria dos casos, os avós não vão às consultas, não administram diariamente o tratamento, não assimilam todos os pormenores que nós pais, diretamente envolvidos no cuidado de nossos filhos, administramos.
Acho importante a gente escutar, descobrir no quê, ou qunado, os avós podem auxiliar. Ver as limitações que eles tem, e aceitar que nem sempre vão acertar. Mas que podem, se quiserem, aprender mais. Para que além de doce, como culturalmente falamos, a relação com os avós fique muito SAUDÁVEL!!!!!!