Foi-se o tempo em que a enorme concentração de obesos era motivo de espanto para os brasileiros que viajavam para os Estados Unidos. A obesidade (em todos os graus e formas) está definitivamente entre nós.
No Brasil de 1975, 16% da população estava acima do peso ideal, hoje são 55,7% da população, segundo os dados do Vigitel divulgados em 2019 . Esse é um daqueles fenômenos cuja comprovação está ao alcance dos olhos. Passe uma manhã na Praia de Copacabana, na Avenida Paulista ou em qualquer outro cartão-postal do país e conte quantos obesos cruzam seu caminho.
O efeito mais evidente da obesidade é estético, aquele que você reconhece de longe. O mais grave é o que você não vê. Ele já ganhou nome: Diabesidade (Obesidade + Diabetes). Os obesos de hoje serão os diabéticos de amanhã. Pior que o avanço da obesidade é a epidemia global de diabesidade. O binômio usado para designar a mistura das duas doenças é hoje o maior desafio da saúde pública no mundo. Enfrentá-lo é mais difícil que encontrar uma vacina contra um vírus novo, como a estamos vivenciando nos dias de hoje, com a pandemia de Covid-19.
Sabemos que pessoas obesas e com diabetes fazem parte do grupo de risco para o desenvolvimento de complicações respiratórias do novo coronavírus.
É preciso mexer no estilo de vida e na cultura, mudar hábitos alimentares e o comportamento de populações inteiras, e isso não é fácil.
O diabetes vai afetar cada vez mais pessoas e ameaçar economias. O IDF ( Sigla em inglês para Federação Internacional do Diabetes) divulgou em 2019, que cerca de 463 milhões de pessoas tem diabetes no mundo. NO Brasil este número é de aproximadamente 18 milhões, sendo que cerca de 50% ainda nem sabe que tem a doença, já que o diabetes tipo 2, que acomete aproximadamente 90% dos casos, é uma doença progressiva e sem sintomas.
Ainda temos que nos preocupar com um grupo ainda maior de pessoas que estão prestes a se tornar diabéticas. São Aqueles que sofrem com a síndrome metabólica. Ela é caracterizada por acúmulo de gordura abdominal, intolerância à glicose, hipertensão, colesterol e triglicérides elevados. Mais cedo ou mais tarde, 65% dessas pessoas vão desenvolver diabetes, devido ao aumento da resistência insulínica.
Refletir sobre as consequências futuras da obesidade tornou-se urgente. Principalmente depois da divulgação de estudos que segundo os quais uma pessoa que come em excesso ou fuma pode aumentar o risco de obesidade na geração futura. A hipótese por trás dessa ideia é que o estilo de vida, que pode ativar ou silenciar genes.
Hábitos inadequados poderiam estimular a manifestação de genes que aumentam o risco de obesidade. E, segundo os pesquisadores, essa informação biológica poderia ser transmitida pelo menos à geração seguinte. É mais um fator que pode impulsionar o avanço da diabesidade, cujos danos ao organismo são gravíssimos: falência dos rins, hipertensão, insuficiência cardíaca, AVC, amputações, impotência sexual e cegueira.
A principal fonte de energia do organismo são os carboidratos presentes na alimentação. Eles são encontrados nas massas, nos doces, nas frutas. No aparelho digestivo, os carboidratos são transformados em glicose. Para entrar nas células, a glicose precisa de ajuda. Dar esse empurrãozinho é o papel da insulina, o hormônio produzido no pâncreas. Nos obesos, a insulina tem mais dificuldade para transportar a glicose para dentro das células. Sobra glicose na circulação e o pâncreas reage fabricando mais insulina. Com o tempo, chega à exaustão e não consegue mais fabricar o hormônio.
Cerca de 80% das pessoas que têm diabetes tipo 2 estão acima do peso. Quando a pessoa com diabetes engorda, fica mais difícil manter os níveis ideais de açúcar no sangue. A outra forma de diabetes ,tipo 1, tem pouca relação com a obesidade. Ela depende de fatores genéticos e é caracterizada por uma resposta exagerada do sistema imune, que lança um ataque contra o pâncreas do próprio paciente. Apenas 10% dos casos são do tipo 1. O pâncreas desses pacientes não produz insulina. Eles precisam, obrigatoriamente, receber doses diárias de insulina.
Nos últimos anos, houve avanços no tratamento do diabetes tipo 2. Surgiram drogas modernas que tornaram mais confortável a convivência com a doença. Os remédios agem em várias frentes: estimulam o pâncreas a secretar mais insulina, inibem a ação de uma enzima que compromete o bom funcionamento do pâncreas e aumentam a habilidade da insulina de empurrar a glicose para dentro das células.
Graças à disciplina com que toma os remédios e importantes mudanças na dieta, a administradora de empresas Silvia Maria, de 55 anos, tem conseguido conviver muito bem com o diabetes. Diagnosticada em março de 2009, sua doença é consequência do excesso de peso. Silvia é obesa (pesa 90 quilos e tem 1,62 metro) e pertence a uma família de origem italiana. Nunca resistiu às delícias altamente calóricas servidas nos encontros de família. Foi engordando, engordando, até que desenvolveu diabetes.
A mesma história se repetiu com as duas irmãs, vários primos, os pais e os avós. “Tenho mais de dez pessoas com diabetes na família”, afirma. “Se comprássemos remédio no atacado, acho que faríamos uma boa economia.”
A doença não parece ser fruto de um erro genético, e sim de hábitos passados de geração a geração. Silvia decidiu se cuidar para não ter o mesmo destino do pai, que perdeu a visão e morreu de complicações renais decorrentes do diabetes.
Toma metformina de ação prolongada rigorosamente (de manhã e após o jantar). O remédio combate o diabetes e reduz o colesterol. Além dele, Silvia usa medicamentos contra hipertensão e colesterol alto.
Sua dieta passou por uma revisão geral no último ano. Trocou as massas tradicionais pelo macarrão integral, feito com soja, trigo e aveia. Tornou-se vegetariana. Os doces que comia todos os dias viraram uma espécie de prêmio por bom comportamento. Toma um sorvete ou come um pedaço de chocolate amargo apenas no fim de semana. Não perdeu peso, mas também não engordou. “O remédio está sendo eficaz, e as mudanças de estilo de vida não me trouxeram grandes privações”, diz.
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