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sexta-feira , 8 de novembro de 2024

O Idoso no Brasil

 

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a terceira idade inicia-se aos 65 anos. O individuo ao atingir essa idade cronológica passa a ser classificado como idoso. Porém, no Brasil e em outros países em desenvolvimento a OMS classifica como idoso as pessoas com 60 anos de idade. Essa diferença na definição da terceira idade deve-se a qualidade de vida oferecida e a expectativa de vida em cada um desses países.

Há pouco tempo o Brasil era considerado um país de jovens, por ser tratar de um país com sérios problemas sociais envolvendo crianças e adolescentes, além dos idosos representarem um número pequeno na pirâmide etária populacional. Assim, pouca atenção era dada aos idosos e os problemas ligados ao envelhecimento eram desconsiderados no rol das grandes questões sociais. Devido ao aumento da longevidade e a redução da taxa de mortalidade nas últimas décadas, houve uma mudança no perfil demográfico brasileiro, deixamos, rapidamente, de ser um “país de jovens” e o envelhecimento tornou-se uma questão fundamental para as políticas públicas.

Assim como outros países do mundo, o Brasil está vivenciando um processo de envelhecimento populacional rápido e intenso, podendo observar mudanças na estrutura da pirâmide populacional, sendo que a base começa a estreitar e a parte central e o topo começam a dilatar-se. Isto demonstra que o número de pessoas com idades mais avançadas tem aumentado em relação aos mais jovens. As mulheres idosas apresentam em maiores quantidades que os homens, situação denominada transição demográfica. Enquanto nos países desenvolvidos, essa transição ocorreu de forma gradual, no Brasil, ocorre de forma acelerada.

O período de 1975 a 2025 será a era do envelhecimento. Até 2025, a população com idade superior a 60 anos crescerá 16 vezes, colocando o Brasil como a sexta população de idosos do mundo. Segundo IBGE, os brasileiros com idade acima de 65 anos, em 1992, totalizavam 5,2% da população (7,6 milhões de idosos), já em 2002, os idosos representavam 6,4% desta (11,1 milhões de idosos). Atualmente, os idosos brasileiros representam 8,6% da população, e, esta proporção chegará a 14% em 2025, ou seja, o Brasil terá 32 milhões de idosos. Além disso, com o aumento da expectativa de vida para 71 anos, em 2002, cresce o número de “idosos mais idosos”. Simultaneamente, com esta transição demográfica, ocorreu uma transformação no perfil das doenças da população, onde as doenças crônicas da velhice ganharam maior expressão na sociedade como um todo.

Apesar do intenso processo de envelhecimento e do aumento da expectativa de vida no Brasil, ainda é grande a desinformação sobre a saúde do idoso e as particularidades e desafios deste envelhecimento populacional para a saúde pública. Este aumento no número de anos de vida precisa ser acompanhado pela melhoria e manutenção da saúde e da qualidade de vida. Fatos que obrigam o país a dar maior importância na prevenção e no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, dentre elas a Diabetes, maior atenção esta que precisa ser voltada para políticas que promovam saúde, que contribuam para a manutenção da autonomia e valorizem as redes de suporte social. O Brasil, só passou a ter uma Política Nacional do Idoso em 1994 e apenas cinco anos depois, em 1999, foi editada a Política Nacional de Saúde do Idoso.

O envelhecimento é um processo natural. Todos os seres vivos têm o seu ciclo de vida. Porém nesse processo, o avanço da idade, submete o corpo humano a inúmeras mudanças anatômicas e funcionais, com repercussão nas condições de saúde e nutrição do idoso. Muitas dessas mudanças são progressivas, ocasionado efetivas reduções na capacidade funcional, desde a sensibilidade para gostos primários até alterações nos processos metabólicos do organismo. O tempo e a forma com que cada um passa por esta fase da vida dependem da herança genética e dos fatores ambientais, como: o estilo de vida, as condições econômicas e os cuidados com saúde e alimentação.

O importante nessa fase da vida é saber envelhecer com saúde e manter a agilidade física e mental, consequentemente, envelhecendo com melhor estilo de vida.

 Leia Também: O Idoso e as Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNTs) 

Leia Amanhã: Nutrição do Idoso

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