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Nossa relação afetiva e respeitosa com a água

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Quase todas as crianças sentem uma enorme atração pela água. Com exceção de algumas mais medrosas, qual criança não brincou de se molhar nos dias mais quentes do ano? Eu, por exemplo adorava regar a horta na casa da minha avó (desculpa boa para ter o controle do regador e assim, poder molhar os pés, simples diversão). Me lembro do canteiro de morangos, cuidadosamente cultivado, o cheiro da terra úmida e nutritiva. E também, tinham as flores do jardim. Molhadas uma a uma. Nos dias mais quentes, sem piscina, meu alívio e de meus primos era um bom banho de mangueira. Com sorte, um gelado e refrescante banho de chuva.

Quem não recorda do seu primeiro banho de mar, do barulho estrondoso das grandes e agitadas ondas? Um banho de cachoeira, um banho de rio? Muitos se sentem tão atraídos pela água que, vivem muito próximo a ela, ou se lançam em esportes aquáticos e aventuras submarinas.

Acredito que essa relação tão atrativa com a água tem ligação direta com nossa história de vida. Da nossa vida mais primitiva e longínqua, da nossa vida puramente sensorial, ainda no útero. Ficamos mergulhados durante noves meses no ventre de nossa mãe, para dali sair chorando, por perder aquela paz e tranquilidade. Certamente vem  desse período nossa atração por parques aquáticos, ou piscinas aquecidas com águas termais. No mundo todo existem diversos spas e resorts que recebem milhares de turistas sedentos por momentos de paz e relaxamento nas águas, não só límpidas e cristalinas, mas também curativas. Quem nunca renovou-se do cansaço com um simples e relaxante banho de chuveiro? E a ressaca do final de semana? Um banho no receituário médico-familiar. E um escalda-pés nos dias frios e de gripe intensa? E o barulho da chuva que se torna música nos ouvidos saudosos dos tempos de criança? Como era bom ficar na janela vendo os pingos de chuva escorrendo no vidro.

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A água tem essa capacidade única de nos remeter a memórias tão intensas e significativas. É só dela a possibilidade de nos envolver, acalentar, sustentar, curar, sem pedir nada em troca. Mas será que não devemos dar nada em troca, mesmo?

Dia 22 de março, desde 1992, é o dia mundial das águas. Foi criado pela ONU para que nesta data ocoressem muitas discussões e manifestações a respeito do cuidado e futuro das águas no planeta. Para que, eu e você, refletíssemos sobre a qualidade da água que dispomos hoje no planeta. Será que teremos água potável para as gerações futuras?

Quando a Onu afirma que somos todos responsáveis com a economia  e conservação da água, que ela é um patrimônio mundial, que o equilibrio do planeta depende da conservação dos rios e oceanos, que precisamos pensar nas gerações futuras, e que devemos utilizá-la sem poluí-la, é porque realmente a situação está no limite, está preocupante.

Fiquei pensando nos futuros netos que um dia poderei ter, se eles ainda conseguirão regar canteiros, ou tomar um simples banho de mangueira nos dias escaldantes do verão.  Se os rios, mares e cachoeiras que desejarem se banhar estarão  limpos e próprios para banho. Se a chuva não estará ácida e cheia de poluentes, impedindo a diversão. Espero que sim, que eles possam, assim como eu, um dia deliciarem-se com a água, com o bem estar que ela nos proporciona.

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