A insulina, o “Elixir da Vida”, completa 100 anos de descoberta no dia 27 de julho de 2021. Para contar a história da insulina, devemos voltar ao século 19. Mas o que não podemos deixar de destacar aqui é que a descoberta de Frederick Banting e Charles Best, em 1921, no Canadá, revolucionou o tratamento da Diabetes Tipo 1, já que todas as pessoas diagnosticada com diabetes, que tinham necessidade de aplicações diárias de insulina antes desta data, eram condenadas à morte. Estas pessoas eram tratadas com uma dieta de fome e tinham uma morte precoce.
Em 1869, Paul Langerhans, um estudante de medicina em Berlin descobre uma coleção distinta de células dentro do pâncreas. Estas células mais tarde seriam chamadas de ilhotas de Langerhans.
Cerca de 20 anos mais tarde, Oscar Minkowski e Joseph von Mering removeram o pâncreas de um cão para estudar os efeitos sobre a digestão e ao observarem que moscas estavam se alimentando da urina deste cão, encontram açúcar ali.
Em 1901, Eugene Opie descobre que as células das ilhotas de Langerhans são responsáveis pela produção de insulina pelo pâncreas e que a destruição destas células resulta em diabetes.
Após a descoberta de que o pâncreas era responsável pelo desenvolvimento do diabetes, novos experimentos foram realizados. Na segunda década do século 20, a utilização de extrato pancreático mostrou que era possível reduzir o açúcar no sangue em cães diabéticos. Com o início da Primeira Guerra Mundial estes experimentos foram impedidos
de continuar até 1921.
Você já ouviu falar do ditado “A curiosidade matou o gato?”, quando falamos da descoberta da insulina, devo fazer um trocadilho e dizer que “A curiosidade matou o cachorro”. Vamos entender o porquê?
No início de 1921, Dr. Frederick Banting, um médico desconhecido, levou ao professor John Macleod, da Universidade de Toronto, uma ideia de como extrair do pâncreas a substância que seria capaz de controlar o açúcar no sangue. Macleod que era uma fi gura de destaque no estudo da diabetes no Canadá, cedeu um laboratório com um mínimo de equipamento e dez cães para o Dr. Banting que junto com um assistente, um estudante de medicina com o nome de Charles Best, iniciaram os experimentos no verão daquele ano.
Banting e Best iniciaram seus experimentos, removendo o pâncreas de um cão, obtendo o seguinte resultado:
Em outro cão, eles pararam cirurgicamente o fluxo de nutrientes para o pâncreas, de modo que ele se degenerasse. Depois de um tempo, eles removeram o pâncreas, cortaram e congelaram os pedaços em uma mistura de água e sais. Após o congelamento, os pedaços foram moídos e filtrados. A substância isolada foi batizada de “isletin.”
Este extrato foi injetado no cão diabético, abaixando os níveis de açúcar no sangue, deixando-o com aspecto saudável e mais forte. Ao dar o cão diabético algumas injeções por dia, Banting e Best poderiam mantê-lo saudável e livre de sintomas.
Para conseguir uma maior produção de extrato, eles começaram a usar pâncreas bovino. Desta maneira, eles produziram extrato sufi ciente para manter vários cães diabéticos vivos.
A este novo extrato, eles deram o nome de Insulina. No final de 1921, uma terceira pessoa, o bioquímico Bertram Collip, juntou-se a equipe. A Collip foi dada a tarefa de tentar purificar a insulina de modo que seria limpa o suficiente para testar em seres humanos.
Mas ainda faltava fazer o teste em humanos, assim, Banting e Best injetaram o extrato de Insulina neles mesmos. Eles se sentiram fracos e com tontura (sintomas de hipoglicemia), mas não tiveram sua saúde prejudicada.
Em janeiro de 1922, Leonard Thompson, um menino de 14 anos com diabetes tipo 1, foi o primeiro paciente a receber insulina como forma de tratamento. O teste foi um sucesso. Leonard, que antes das injeções de insulina estava perto da morte, rapidamente recuperou a sua força e apetite. Ele viveu mais 13 anos antes de sucumbir à pneumonia.
Logo a notícia se espalhou e várias pessoas com diabetes se colocaram como voluntárias para receber as injeções de insulina.
Em 1923, o laboratório farmacêutico Eli Lilly iniciou a produção em alta escala da insulina bovina.
Frederick G. Banting e John Macleod foram agraciados com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1923 ‘‘pela descoberta da insulina.’’
Embora a insulina não seja a cura do diabetes, é uma das maiores descobertas da medicina. Quando chegou, foi como um milagre. Pessoas com diabetes grave, e apenas dias de vida foram salvas. E, enquanto eles continuaram recebendo a insulina, eles poderiam viver uma vida quase normal.
A maioria das pessoas acreditam que o único medicamento injetável para tratar diabetes são as insulinas, o mundo dos medicamentos injetáveis para diabetes ultrapassou este aspecto. Temos medicamentos para tratamento de hipoglicemia severa, medicamentos que regulam o diabetes tipo 2, além de ajudar na perda de peso.
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