Cientistas de uma universidade na Inglaterra realizaram um estudo, recém publicado na conceituada revista Diabetes Care, que visava analisar se a prática de exercícios físicos poderia ajudar na melhora da qualidade de vida das pessoas com diabetes tipo 2.
Quando falamos sobre qualidade de vida, falamos, dentre outros, dos aspectos físicos, emocionais e sociais de bem-estar. Adultos com diabetes tipo 2 relatam uma menor qualidade de vida do que os não-diabéticos.
Ao todo foram selecionados 243 adultos sedentários e com sobrepeso sendo divididos, de forma aleatória, em quatro grupos. Três destes grupos realizariam algum tipo de atividade física moderada e ao grupo restante, solicitou-se apenas manter o mesmo nível de atividade que até então mantinham.
O final do estudo, que teve duração de nove meses, revelou, sem nenhuma surpresa, que os três grupos que realizaram exercícios tiveram evidentes melhorias em suas qualidades de vida, enquanto o grupo de controle, aquele que não realizou nenhuma atividade, teve que ser dissolvido antes mesmo do término da pesquisa devido à deterioração contínua da saúde de seus membros.
A conclusão, segundo os pesquisadores, complementou relatórios anteriores deste mesmo estudo mostrando não só a melhora de quem se exercita, como a manutenção de um melhor controle de sua glicose além de reduzir significativamente o consumo de medicamentos.
Esta pesquisa, mais uma vez, nos deixou claro a importância da atividade física para todos. Seu resultado só vem reforçar o que já é falado a anos por diversos profissionais da área de saúde através de todos os meios de comunicação ou mesmo nos consultórios.
Porém, pelo que percebo lendo outras notícias ou artigos pela internet, é que muitos diabéticos do tipo 2, exatamente a quem se dirige esta pesquisa, não demonstram tanto interesse em seguir suas cristalinas sugestões.
Alguns fatores como a hereditariedade e obesidade até favorecem, mas possivelmente a falta de exercícios físicos, o sedentarismo, é um dos componentes que mais contribui para o surgimento do diabetes à muitas pessoas. Então não se pode esperar que estes, que já não praticavam alguma atividade física, de uma hora para outra modifiquem as suas rotinas.
O que precisa ficar realmente claro é que, neste caso, realizar atividade física não significa tornar-se campeão olímpico. Não há a necessidade de se preparar para competição alguma. O que se busca é uma mudança de vida e uma mudança positiva. A melhora na qualidade de vida é consequência da prática moderada de exercícios, e chega bem mais rápido do que pensamos.
Conforme conclusão desta e de muitas pesquisas sobre este mesmo tema, as intervenções de exercícios devem ser defendidas como um tratamento padrão para indivíduos com diabetes.
“No fim de tudo, nosso estudo mostra que mesmo que a doença tenha lhe causado uma mudança de vida, um pouco de exercício irá melhorar bastante a sua perspectiva de vida.“
Raquel Limonge
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eu faço dieta execicios e trabalho tudo isto me faz pensar outra coisa