Diabetes e alimentação: uma relação íntima e duradoura

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Quando falamos em diabetes a primeira coisa que vem a cabeça, na maioria das pessoas, é insulina, glicemia, injeção, agulha…e uma infinidade de restrições e cuidados. Isso, claro, se você foi diagnosticado ontem ou nunca conviveu com alguém que tem diabetes. Na verdade, quem convive com o diabetes sabe que a primeira coisa que pensamos é em comida. E isso não se refere a ser guloso, ou querer devorar o mundo, e principalmente os doces (obviamente que isso ocorre vez que outra, as hipos ou hipers que nos entreguem), mas está diretamente ligado ao fato de que tudo o que comemos, ou deixamos de comer, pode interferir na glicemia. Não digo que um prato de alface, ou de tomate vai alterar glicemia, mas falo das 3, 4 ou 5 refeições diárias que precisamos fazer.

A comida passa a ser o centro das nossas atenções. O que comeu? Quanto? Quando? Como foi preparado o alimento? Era integral? Tinha muita gordura? Era normal ou diet? Frito ou assado? Quantos carboidratos? Lembra o tamanho da porção? …….???? São perguntas infinitas e diárias. E ainda mais: se tem hipo, tem que comer. Se tem hiper, tem fome, fome, muita fome.

Antes do diabetes um simples prato de refeição, que era devorado com total despreocupação, agora recebe uma atenção extra. Por que? Simplesmente, porque agora ele nos fornece não só nutrientes, mas também informações vitais para o bom e equilibrado controle glicêmico. Só que para obter essas informações, as vezes nos desgastamos. Quando saímos para comer fora a coisa complica um pouco. Se você faz contagem de carboidratos sabe que nem sempre é fácil. Não que seja impossível. Tudo é possível, se você fizer a sua parte. Mas o cansaço, de quando em quando, bate a na nossa porta. O melhor nesses momentos é admitir que você está cansado. Exausto em controlar a sua alimentação. Simplesmente porque, cuidar sempre, cansa. Nesses momentos a melhor ajuda é a de um profissional da área.

Todas as vezes que fui conversar com nossa nutricionista saí revigorada. Ideias novas, cardápios novos, ânimo renovado. E isso não precisa ser feito todo o mês, mas principalmente nos momentos de desânimo. Alimentos que me pareciam difíceis e inviáveis, se tornaram fáceis, práticos e deliciosos, porque aprendi um novo jeito de prepará-los.

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Posso dizer que o diabetes sobrecarrega. Mas isso não quer dizer que ele impossibilita. Ele exige mais atenção, mas não impede nada. Aquilo que a maioria das pessoas faz sem pensar, você faz pensando, calculando e agindo em benefício da sua saúde.

Boa semana!!

Simone Del Fabbro Vollbrecht

Psicóloga e Educadora em Diabetes

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