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sexta-feira , 8 de novembro de 2024

A relação de irmãos e o Diabetes

Observando meus filhos aprendi como é bonita a relação entre irmãos. Com meu irmão eu vivi isso, não fiquei analisando, refletindo. Simplesmente vivi, com amor e raiva, com afeto e desavença, com cumplicidade e impaciência, com carinho e distanciamento. Agora, acompanhar a relação de irmãos entre meus filhos é diferente. É, com certeza, participar da construção da história mais bonita que existe numa família: o vínculo fraterno.

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Por aqui, o diabetes chegou antes do caçula. Mais ou menos, com uns dois meses de diferença. Em novembro recebemos o diagnóstico do diabetes tipo 1 da minha filha, e em janeiro me descobri grávida. Portanto, aplicar insulina e medir a glicemia da irmã faz parte da vida do nosso pequeno, desde o dia em que ele nasceu. Essa rotina é dele também. E claro, como é típico dos irmãos menores, tudo o que os mais velhos fazem é observado atentamente. Ele acompanha a irmã com devoção e adoração, em tudo o que ela faz. Observa atentamente. Não perde um detalhe. Isso também faz parte do aprendizado.

Pois bem, dia desses ao ver a irmã medir a glicemia ele pediu para que eu medisse a dele também. Diminui a intensidade do lancetador e furei seu dedinho. Fiz o teste e ele acompanhando tudo. Esperou eu terminar, não chorou e seguiu brincando, como a irmã. Senti que ele teve a sensação de “eu sou grande como a minha irmã, faço o mesmo que ela”. Quando era menor ele se interessava pela caneta de insulina. Temos uma já utilizada no armário para quando ele quiser se “aplicar”.

Com tudo isso, fiquei pensando em como é importante o apoio que um irmão pode dar ao outro. Comendo coisas mais saudáveis, aprendendo a se cuidar desde pequeno, se interessando pelas coisas do irmão, participando da rotina do outro. Mas como pode ser difícil, também, quando temos que mudar os hábitos com toda a filharada porque para um deles isso é vital. De como pode ser sufocante essa rotina de cuidados constantes com o diabetes. Às vezes podemos sentir que damos mais atenção para o filho que tem diabetes. E digo, por experiência, isso realmente acontece.

Já me peguei inúmeras vezes brincando com o menor, mas com o pensamento na minha filha que brincava na casa da amiga: “Será que já comeu? Aplicou insulina?”. Por isso, é preciso parar e refletir se a rotina não está sobrecarregando os outros filhos que não tem diabetes. Nesses momentos procuro ter tempo para cada um dos filhos, em separado. Fazendo programas diferentes, com cada um. Até porque eles são diferentes. Ela uma pré-adolescente, descobrindo o mundo, e ele um menino de dois anos, cheio de energia. E também procuro ter tempo para mim. Descansar a cabeça e renovar as baterias nos faz mães melhores.

Não sei como será daqui pra frente. A vida muda, os filhos crescem, a gente aprende coisas novas, esquece outras. Só sei que, agora, meus filhos não formam uma dupla, mas um time. E eu adoro torcer por eles.

Abraço, Simone.

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