Engana-se quem pensa que o problema para os diabéticos está relacionado apenas a alimentação e o aumento do açúcar. Afinal, transtornos na área da odontologia também merecem atenção.
Grande parte da população após os 50 e 60 anos desenvolvem diabetes tipo 2 e, com isso, problemas bucais.
A doença pode ter várias origens e, no tipo 2, a correria do cotidiano pode contribuir para o surgimento.
Isso porque é muito comum que a alimentação não seja balanceada. Fast food, comidinhas prontas e congeladas e um doce para quebrar o estresse do dia, essa é uma alimentação bem fácil e prática.
Juntando esse fator com o sedentarismo, é possível desenvolver diversos problemas de saúde, inclusive a diabetes.
Na prática, a doença é o acúmulo de açúcar no sangue, ou seja a elevação dos níveis de glicose.
Para manter a glicose equilibrada é importante fazer exercícios diariamente, manter uma alimentação balanceada e maneirar nos doces e carboidratos.
Também é importante ter um acompanhamento médico e fazer o uso de medicamentos, se necessário.
Se o paciente não for diagnosticado, o próprio dentista pode suspeitar e encaminhá-lo para um endocrinologista ao realizar as avaliações de rotina.
Isso porque muitos sintomas também se manifestam na boca, como ela ficar seca, muitas cáries, herpes e hálito cetônico, que é um cheiro ruim que mesmo após a escovação não sai.
Devido a alta glicose decorrente da diabetes, o aumento de bactérias é maior e por isso pode haver sangramento e inchaço na gengiva, que são sinais claros de gengivite.
A gengivite é uma inflamação causada por placas bacterianas e se não forem tratadas podem gerar a periodontite, um grau mais elevado da doença que chega até os ossos de sustentação dos dentes, levando até a perda dentária.
O principal cuidado para quem tem diabetes e quer ter uma boa saúde bucal é manter o nível de glicose do sangue sempre controlado.
Manter a higiene também é essencial. Por isso, escove os dentes três vezes ao dia e use fio dental, assim será mais difícil das placas bacterianas ficarem alocadas entre a gengiva e os dentes.
Com a indicação do seu dentista, é possível auxiliar na limpeza com o uso de um enxaguante bucal próprio para a saúde das gengivas.
Não deixe de visitar o dentista pelo menos a cada seis meses para manter a avaliação em dia e, se necessário, realizar uma limpeza mais profunda.
Se você for uma pessoa que utiliza aparelho invisível, manter os cuidados é ainda mais importante, pois o aparelho pode auxiliar na aglomeração de bactérias.
Por isso, realize a escovação com atenção sempre antes e após o uso e lembre-se de escovar o aparelho também, além de realizar o armazenamento correto.
O tratamento inicial para gengivite é a higiene bucal correta e diária. Se apenas essas limpezas caseiras não forem o suficiente e os sintomas continuarem é necessário remover as placas no consultório dentário.
É possível realizar a limpeza de duas formas. No consultório, com um ultrassom de ponta vibratória é possível quebrar as placas; ou pode-se recorrer a raspagem manual com ferramentas odontológicas.
Neste ponto é importante ressaltar que a limpeza e o acompanhamento médico são imprescindíveis para o tratamento e evitar complicações.
Inclusive, os procedimentos de profilaxia deverão ocorrer mesmo se o paciente fizer uso de outros tratamentos, como a lente de contato dental.
Outro ponto de atenção é com relação aos procedimentos que se deseja realizar. Isso porque a boca é mais sensível e o diabetes é uma doença que facilita a propagação das bactérias e dificulta a recuperação de machucados e cirurgias.
Assim, é imprescindível o controle do açúcar e o acompanhamento constante, bem como o alinhamento com o especialista para verificar a necessidade de realizar determinados tratamentos.
Informe ao seu dentista que você é um paciente diabético e se houver alguma reação a medicamentos para diabetes, como boca seca, não deixe de falar.
Não fique sem se alimentar, pois isso pode causar mau hálito e hipoglicemia, que é a queda do açúcar no sangue e isso pode levar ao mal-estar.
Fumar não é um bom hábito para diabéticos, pois pode enfraquecer os dentes e auxiliar no acúmulo de bactérias.
Se for realizar um clareamento, evite métodos caseiros que podem enfraquecer e prejudicar a gengiva. O mais seguro é realizar o clareamento consultório, que terá o acompanhamento de um profissional.
Como explicado anteriormente, o diabetes pode interferir na cicatrização. Contudo, isso não significa que tratamentos que demandam cirurgias não podem ser feitos.
Por exemplo, o implante dentário é uma opção para pessoas que perderam algum dente e tem diabetes.
Mas alguns cuidados precisam ser tomados, como o horário da cirurgia, que deve ser feito de manhã quando a glicose está mais baixa; além do acompanhamento adequado da taxa glicêmica durante o procedimento.
É preciso manter a diabetes controlada, para a devida cicatrização e manter uma boa higiene no implante dentario.
O diabetes é uma doença séria e que precisa de acompanhamento, não negligencie e faça os devidos cuidados.
Afinal, sem o controle da glicemia, a saúde corporal e bucal ficarão comprometidas, levando – por exemplo – a perda dentária.
Encontre um bom profissional e não se esqueça de informar sobre a sua condição de saúde, assim você terá melhores orientações e a sua consulta será feita pensando em você e suas necessidades.
Conteúdo originalmente desenvolvido pela equipe da Vue Odonto, uma rede especializada em atendimento odontológico com enfoque na humanização.
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