Entramos no mês de Outubro. As pessoas engajadas no câncer de mama sabem que este mês é para lembrar a importância da prevenção do câncer de mama, chamado Outubro Rosa. Quem acompanha o blog e as redes sociais também sabe que estamos às vésperas do mês do Diabetes. O nosso Novembro Azul. Para unir os dois assuntos, fui ver se encontrava algum estudo que demonstrasse relação entre diabetes e câncer de mama. Um assunto que interessa muitas mulheres que acompanham nosso blog. O intuito do Educação em Diabetes é sempre trabalhar a prevenção, em todos os níveis.
Encontrei um texto da endocrinologista Christiane Sobral, que já colaborou aqui no blog, sobre o assunto. A doutora cita que há estudos que mostram que mulheres com diabetes tipo 2 têm um risco aumentado, que pode chegar a 20%, nas chances de desenvolver câncer de mama em comparação com mulheres não diabéticas.
Ela explica que isso ocorreria porque as células, inclusive as do câncer de mama, apresentam receptores de insulina, que, uma vez estimulados, favoreceriam a multiplicação, porque ativam as vias de sinalização interna celular. Há outros fatores influenciadores, segundo a Dra. Christiane, como o IGF (insulin growth factor), proteína estimulante na progressão do câncer de mama, geralmente aumentada em pessoas obesas e em estado de hiperinsulinemia (condição na qual há níveis excessivos de insulina circulante no sangue), além da diminuição de uma substância produzida no fígado, que transporta estrogênios, que, ficando livre no plasma, favorece a multiplicação das células e reduz a favorece a síntese e a liberação de IGF.
Para prevenir-se é preciso reduzir o peso, ou o índice de massa corpórea, com dieta e atividade física, manter a glicemia sob controle.
Pesquisando um pouco mais, encontrei uma excelente notícia. Já havia alguns indícios de que o uso de metformina seria positivo para inibir as células cancerígenas do câncer de mama. Em 2009, a Escola Médica de Harvard havia realizado experimentos com ratos. A pesquisa mostrou que a metformina ajudou a reduzir tumores de mama mais rapidamente e também a manter os animais mais saudáveis. Os cientistas envolvidos disseram que a medicação teria alvejado células que resistem ao tratamento convencional.
Uma nova pesquisa, publicada em julho no Journal of Clinical Oncology, reafirma o uso da metformina como protetora. Desta vez, foi verificado o possível surgimento de novos casos de câncer de mama em mais de 68 mil mulheres que já haviam passado pela menopausa, divididas em grupos de portadoras ou não de diabetes. Assistidas ao longo de um ano, verificou-se que as que usavam a metformina para controlar o diabetes tipo 2 tiveram risco 25% menor de desenvolver câncer de mama quando comparadas às que não usavam.
A metformina atua tanto indiretamente, por meio da redução dos níveis de glicose no sangue e insulina circulante, quanto diretamente, dentro das células, inibindo uma das vias da carcinogênese. E o melhor, a um custo baixo. No Brasil, a metformina é distribuída gratuitamente pelo programa Farmácia Popular.
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