Obesidade Infanto-Juvenil: Com Saúde Não se Brinca

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 Hoje, no Dia Nacional de Prevenção a Obesidade: Conheça os Fatores Determinantes para o Excesso de Peso de Crianças e Adolescentes e como preveni-los.

A obesidade é uma disfunção que assusta cada vez mais pelos seus índices, no Brasil e no mundo. Dados confirmam o aumento significativo da prevalência de peso entre crianças e adolescentes, o que levam a crer que estamos no mesmo caminho de países desenvolvidos, principalmente onde 64% da população adulta apresentam sobrepeso e obesidade e os gastos com o sistema de saúde chegam as alturas.

Segundo os dados da Organização Pan-Americana de Saúde, da SBEM, nas últimas três décadas, os inquéritos populacionais têm registrado um alarmante aumento na incidência de obesidade no Brasil. Estes números mostram que a prevalência de obesidade infanto-juvenil no Brasil subiu 240% nas últimas duas décadas.

É fundamental investir na Reeducação alimentar e na prática de atividade física na população infantil. A educação é o instrumento mais valioso e eficaz para bloquearmos este aumento na incidência da obesidade e suas complicações, de forma a evitarmos que se realize a previsão de que 35% da população adulta brasileira estará obesa em duas décadas, 2025.

A obesidade é uma doença resultante da ação de fatores ambientais (hábito alimentar, atividade física e condição psicológica) sobre indivíduos com predisposição genética a apresentar excesso de tecido adiposo.

Fator Genético

Quando há um obeso na família a chance da criança desenvolver obesidade é muito maior. Esse aspecto é importante para o processo de prevenção, em que os pais devem ser alertados sobre esse risco.

Quando pai e mãe são obesos a chance do filho ser obeso é de 80% e quando somente um dos dois tem o problema, a chance é de 40%. Diversos estudos brasileiros já mostram a associação entre criança e adolescentes com excesso de peso e pais obesos.

Esta situação deve-se, em parte, à carga genética que conhecidamente influi no desenvolvimento da obesidade, mas principalmente ao ambiente que a criança é criada.

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Fatores Ambientais

O aumento do sedentarismo, o excesso de consumo de alimentos gordurosos e doces, substituição de proteína vegetal por animal e baixo consumo de fibras alimentares são os principais fatores ambientais responsáveis pelo aumento da obesidade.

A principal causa da obesidade infantil é a ingestão inadequada de alimentos e falta da prática de exercícios físicos, a obesidade é também desencadeada por fatores ambientais, além de biológicos, hereditários e psicológicos. Seu tratamento requer um diagnóstico detalhado, orientação nutricional e mudanças no estilo de vida.

  • Atividade Física

As atividades físicas realizadas pelas crianças na escola e as brincadeiras desenvolvidas em casa contribuem para regulação do peso corporal. Já o tempo que a criança assiste televisão apresenta-se como indicadora da inatividade física e como influência no aumento da obesidade infantil. O que sugere que a obesidade ocorre na presença de um estilo de vida sedentário.

Em longo prazo, a atividade física é uma estratégia efetiva para manutenção de peso e redução de gordura corporal. Em crianças e adolescentes, maior nível/ tempo de atividade física contribui para melhorar o perfil lipídico e metabólico, reduzir prevalência da obesidade, assim como favorecer o crescimento ósseo.

  • Alimentação

O consumo alimentar tem sido diretamente relacionado à obesidade, não somente quanto ao volume da ingestão alimentar, mas também quanto à qualidade da dieta. Além disso, as mudanças nos padrões alimentares como: redução no consumo de frutas e hortaliças, o aumento no consumo de “Junk Food”, bem como a omissão de refeições, principalmente o café da manhã, explica o aumento da adiposidade nas crianças.

Esse quadro é resultado do processo de transição nutricional que o Brasil vem passando nas últimas décadas, mudanças nos hábitos alimentares da população que se caracteriza pelo aumento no consumo de gorduras, principalmente trans e saturadas, açúcar e doces, e a diminuição do consumo de leguminosas, verduras, legumes e frutas, consequentemente de fibras. Entre as mudanças, o aumento da ingestão de alimentos altamente energéticos, mas pobres em nutrientes e o consumo elevado de bebidas açucaradas, estão entre as mais importantes.

A prevenção é o melhor caminho contra a Obesidade Infantil. Desfavorecer os fatores determinantes não é nada impossível: Alimentação saudável e atividade física são as chaves desse sucesso.

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