O que fica de Francisco?

O Santo Padre Francisco ficou uma semana no Brasil, e deixou muitas mensagens e lições. Não só para os católicos, mas para todas as pessoas que estão dispostas a reverem pequenas atitudes diárias. Nesse sentido, fiquei pensando que dicas e receitas de uma vida saudável também podem vir de alguém que transborda humildade e generosidade. Sim, saúde também tem a ver com atitude e escolhas de como viver, e não só com pílulas e receituários.

Desde que foi escolhido como o novo Papa, Francisco já nos presenteou com muitas lições. Simplicidade, alegria, afetuosidade, modéstia e belas e profundas palavras. Independente de religião, todos concordam que o Papa Francisco tem um carisma extraordinário. Homem simples, afável, sereno, disposto e disponível, parece sempre aberto ao diálogo, sempre com tempo para escutar. O tipo de pessoa que tranquilamente sentaríamos e conversaríamos por horas. Um grande homem, que nos ensina lições que superam o universo da religião.

O que mais me chamou a atenção é a grande vocação do Papa Francisco: saber estar com as pessoas, encontrá-las verdadeiramente, se interessar por elas, de acolher o outro, e principalmente, se deixar acolher. O Papa gosta de gente, dedica sua vida ao outro.   Diz que escolheu viver numa casa do Vaticano em que pode conviver com outras pessoas, uma casa movimentada de gente. Ele precisa delas para sua saúde mental. Gosta de trocar, ouvir, aprender com os demais. Francisco é humano, sincero. O que podemos aprender com ele? A importância de cultivar as relações pessoais, de ser verdadeiro e intenso com os que nos cercam.

Francisco é uma pessoa leve. E essa leveza é fruto de sua simplicidade. Ele sabe viver modestamente. Sabe o valor e importância que pequenos gestos possuem. Sabe que não precisamos de muito para viver plenamente. E é sábio ao passar essa mensagem: seu exemplo tem mais peso que belas palavras! Desde a opção por adereços e vestimentas mais simples, até a maneira como se manifesta em seus discursos. Um homem extraordinariamente comum, que não quer só ensinar, mas também aprender. O que ele nos ensina? Que acumular, seja lá o que for (bens materiais, conhecimento, tecnologia, angústias, trabalho, solidão, egoísmo, individualismo…) nos torna pessoas mais sufocadas, rabugentas, indiferentes. Quem está sufocado por seus interesses pessoais, e distante dos seus semelhantes não consegue viver plenamente. O Papa Francisco esbanja plenitude.

Bom final de semana!