Medicamentos que Ajudam a Emagrecer

Emagrecer de forma fácil e rápida é o sonho de consumo de muita gente, não é mesmo? Sempre me perguntam se existe algum medicamento para perda de peso, pois emagrecer é uma maneira para melhorar o controle dos níveis de glicose no sangue de quem tem diabetes, principalmente o tipo 2.

A gordura abdominal está diretamente relacionada à resistência insulínica. Ou seja, dificulta que a insulina desempenhe seu papel adequadamente, que é de auxiliar no transporte da glicose do sangue para dentro da célula e assim, fornecer energia para o nosso corpo funcionar.

Quer entender mais sobre Resistência Insulínica? Clique aqui.

Como alerta, tenho a obrigação de avisar que todos os medicamentos aqui citados não podem ser usados sem a prescrição do seu médico, ok?

O que temos de medicamentos que ajudam a emagrecer?

Em 2011, a ANVISA, A agência que regula os medicamentos no Brasil, proibiu a venda de anfetaminas, tais como Anfepramona, Femproporex e Manzidol, medicamentos que agem inibindo a fome, ou seja são anorexígenos. Estes medicamentos causam transtornos de ansiedade, irritabilidade e insônia, pois são estimulantes do sistema nervoso central.

A SBEM – Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – defende o uso dos recursos medicamentosos para perda de peso por pessoas que têm, realmente, muita dificuldade para emagrecer e, consequentemente, sofrem com as complicações.

Segundo a SBEM, a obesidade é uma doença crônica e multifatorial que compromete a saúde física e mental, limita a vida produtiva e reduz a expectativa de vida.

São liberados para venda pela ANVISA, sob prescrição médica, alguns medicamentos que atuam:

• na absorção de gordura pelos intestinos;
• na melhora da ansiedade, diminuindo a compulsão pela comida;
• em certos neurotransmissores;
• diretamente na diminuição da fome.

Converse com seu médico, pois a maioria destes medicamentos são comercializados com retenção de receita.

Neste artigo, vou me ater ao medicamentos que são usados para controlar o diabetes e diminuem o apetite como efeito colateral, levando à perda de peso.

O que são análogos de GLP1?

GLP1 (Sigla em inglês para peptídeo semelhante a glucagon) é um hormônio da classe das incretinas, secretado pelo intestino responsável, junto com outro hormônio de nome GIP (sigla em inglês para polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose), pelo Efeito Incretina. 

Para entender melhor o que é Efeito Incretina, assista ao vídeo que gravei abaixo:

O GLP-1 quando liberado na corrente sanguínea age da seguinte forma:

• Estimula a secreção pelas células Beta do pâncreas;
• Inibe a secreção do glucagon, pelas células Alfa do pâncreas.
• Diminuem o tempo de esvaziamento gástrico, ou seja, os alimentos demoram mais dentro do estomago, liberando de forma mais lenta os carboidratos ingeridos na refeição.

O GLP-1 liberado naturalmente pelo intestino na corrente sanguínea, age apenas durante cerca de 2 a 3 minutos.

Os análogos – substância de função semelhante mas de origem distinta – de GLP-1, também conhecido como agonista – substância capaz de se ligar a um receptor celular e ativá-lo para provocar uma resposta biológica – do receptor de GLP-1, são muito semelhantes ao GLP-1 secretado pelo nosso intestino, mas que agem por mais tempo.

Isso se deve às modificações em sua molécula, as quais impedem que sua ação seja inibida pela enzima DPP-4 (sigla em inglês para dipeptidil peptidase 4).

Como funcionam os análogos de GLP-1 para emagrecer?

Como os análogos de GLP-1 têm seu tempo de ação prolongado, pois não são inibidos pela enzima DPP-4, quando eles diminuem o tempo de esvaziamento gástrico, provocam mais saciedade. Assim, quem o utiliza tem menos fome durante o dia, provocando perda de peso.

Abaixo, você vai conhecer quais são os medicamentos disponíveis no Brasil para ajudam a controlar os níveis de glicose no sangue e que podem auxiliar no emagrecimento:

Alerta: nem todos os medicamentos citados abaixo têm aprovação da ANVISA para uso como forma de emagrecimento, por este motivo, você deve consultar o seu médico antes de usar qualquer medicação.

• Liraglutida – com 2 nomes comerciais, Victoza e Saxenda. O primeiro tem a dose máxima de aplicação por caneta de 1,8 mg, já o Saxenda amplia a dose para até 3,0 mg. Sua aplicação deve ser diária com intervalos de 24 em 24 horas. Ambos são aprovados pelo FDA – Food and Drug Administration e pela ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Fabricado pela Novo Nosdisk.
• Dulaglutida – com nome comercial Trulicity, tem aplicação semanal, ou seja, a cada 7 dias. Aqui, deixamos de fazer 365 aplicações anuais e passamos para 52 aplicações anuais, ou seja, 01 vez por semana.
• Semaglutida – com o nome comercial Ozempic, que é um análogo de GLP-1, teve início de comercialização no Brasil em 2019. Sua aplicação é injetável, uma vez por semana, fabricado pela Novo Nordisk. Foi aprovado pelo FDA na foram de comprimido semanal.

Este mês, alguns meios de comunicação falaram sobre o uso indiscriminado da Semaglutida. Por este motivo, deixo aqui mais um alerta. Converse com seu médico sobre o que você pode usar ou não. A automedicação traz prejuízos para a saúde, lembre disso!

 

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