Estratégias de Intervenção Nutricional no Idoso

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“Uma pessoa permanece jovem na medida que ainda é capaz de apreder e adquirir novos hábitos e tolerar contradições.” ( Marie von Ebner-Eschenbach)

A ingestão inadequada de nutrientes constitui um fator de risco nutricional, os idosos têm maior susceptibilidade a alteração no seu estado de nutrição causadas pelo próprio envelhecimento ou pelas doenças crônicas, como Diabetes, Hipertensão, cardiopatias e dislipidemia.

O objetivo do cuidado nutricional geriátrico é manter o estado nutricional sadio, sua saúde funcional e uma composição corporal adequada, através de uma alimentação balanceada e equilibrada, que vem se mostrado cada vez mais importante na prevenção de doenças.

O trabalho de mudança no comportamento alimentar da pessoa idosa é árduo, mas pode com o emprego de estratégias nutricionais pode ser eficaz. As mudanças bruscas na alimentação não são recomendadas qualquer modificação deve ser feita aos poucos , em pequenas etapas e sempre esclarecendo o paciente o por que das mudanças. Deve-se conhecer a rotina do paciente, saber onde ele realiza as refeições e quem prepara, caso haja um responsável pela refeição ou mesmo um cuidador, esse deve estar presente na consulta.

O local das refeições deve ser tranquilo, deve-se evitar televisões ligadas e muitos ruídos, pois distraem facilmente o idoso. Convívio familiar é importante nas refeições para a socialização do idoso. Lembre-se que, a refeição não é somente a oportunidades de ingestão de nutrientes, também de aspectos socias de vida.

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Se for possível, o idoso deve realizar sozinho o ato de comer, mesmo que demore, caso contrario, deve receber ajuda. Cuidadores e familiares devem sempre incentivar verbalmente a ingestãode alimentos.  A alimentação inicia-se pelo aroma e pelos aspectos visuais da comida, sendo importante estimular o idoso a sentir o aroma da comida e a beleza do prato, isso, por si só, induzem a salivação, o que auxilia na quantidade e na digestibilidade dos alimentos.

O utensílios como colheres, garfos e pratos podem e devem ser adaptados para posssibilitar a alimentação independente. Por exemplo: pode utilizar talheres com cabos mais grossos, para dar mais firmeza. Para que o prato não escorregue, colocar um pano não escorregadio embaixo do prato ou uma toalha umidecida, evitando-se tecidos de cores fortes, as toalhas de mesa devem ser lisas, de cor única, pois as estampas causam confusão ao idoso.

Deve-se evitar líquidos nos 30 minutos antecedentes a refeição ou durante a mesma, pois prejudicam a ingestão e podem fazer o idoso comer menos. Entre as refeições, a cada 1 ou 2 horas, é o melhorar horário para oferecer líquidos. A desidratação é frequente no idosos, pelo fato da sensação de sede ser diminuida, por isso, deve-se ofertar água ao longo de todo o dia.

A alimentação deve ser colorida e variada, a recomendação nutricional envolve frutas, hortaliças, legumes, além dos demais nutrientes. Deve-se evitar monotonia nas refeições e prepara receitas fáceis de fazer. Casca, peles e ossos devem ser retirados pois podem dificultar o manuseio dos alimentos.

Os temperos devem ser suaves e evitando os picantes que podem causar desconforto gástrico. Também, deve-se evitar o excesso de sal, por dois motivos primeiro pelo controle da pressão arterial e também pela redução na percepção do sal pelos idosos. O sal pode ser substituido por ervas finas e pelo azeite de oliva para melhorar o sabor. O consumo de azeite de oliva e ervas parece estar relacionado com a a redução da glicemia em jejum.

Estudos realizados em idosos sugerem que estes não têm a percepção de que estão em risco nutricional, o que diríamos ser o maior problema para o sucesso da intervenção nutricional. No entanto, as pessoas idosas demonstram maior interesse pelas informações nutricionais para promoção de saúde, portanto, trabalhar o hábito alimentar saudável e a educação nutricional se torna possível.

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