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Diabetes Tipo 2: Medicamentos mais eficientes

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O que há de mais eficiente e moderno para tratamento do diabetes tipo 2?

Nos últimos 10 anos o tratamento do diabetes tipo 2 vem sofrendo uma verdadeira revolução.

O desenvolvimento de novas terapias com mecanismos de ação diferentes da maioria dos medicamentos existentes estão surgindo. Essas novas medicações estão mudando as maneiras de controlar os níveis de glicose no sangue, tornando-as mais eficientes.

Somente em 1921, aconteceu a primeira aplicação de insulina em um paciente diabético. Drogas como metformina só passaram a ser usadas para o tratamento do diabetes tipo 2 nos anos 80.

A metformina e a glibenclamida (uma sulfoniluréia) são os únicos antidiabéticos orais constantes da Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da OMS – Organização Mundial de Saúde. No Brasil, fazem parte do programa “Aqui Tem Farmácia Popular” do Ministério da Saúde.

Conheça abaixo as classes de medicamentos que estão disponíveis para o tratamento do diabetes tipo 2, tanto de uso oral, como injetáveis que não são insulina:

Combate ao diabetes Tipo 2: Medicamentos orais

Existe uma série de medicamentos orais que podem ser usados sozinhos ou associados a outros medicamentos, incluindo metformina, sulfonilureias, e insulina, que em conjunto com uma alimentação balanceada e atividade física regular, ajudam no combate ao diabetes através do controle dos níveis de glicose no sangue em pacientes com diabetes tipo 2.

Veja abaixo os tipos de medicamentos orais para o combate ao diabetes:

Inibidores de DPP-4

Quando nos alimentamos, nosso trato gastrointestinal libera alguns hormônios em resposta chamados incretinas.

A secreção das incretinas GLP-1 e GIP agem diretamente nas células pancreáticas para estimular a liberação de insulina, sendo responsável por até 60% da secreção de insulina após uma refeição.

O GLP-1 também promove a saciedade, diminuindo o esvaziamento gástrico, e inibindo a secreção de glucagon, reduzindo, assim, a produção de glicose pelo fígado.

As incretinas após secretadas circulam cerca de 2 a 3 minutos na corrente sanguínea, sendo inibidas por uma enzima chamada DPP-4.

Os medicamentos chamados de Gliptinas, atuam inibindo a enzima DPP-4, desta maneira as incretinas secretadas pelo nosso corpo ficam mais tempo na corrente sanguínea, promovendo aumento da produção de insulina e redução da produção de glucagon pelo fígado. Elas também retardam a digestão e diminuição do apetite. Sendo assim os inibidores de DPP-4 ajudam a regular os níveis de glicose no sangue e se tornam importantes aliados no combate ao Diabetes Tipo 2.

Conheça agora quais são estes medicamentos e seus nomes comerciais:

  • Sitagliptina (Januvia)
  • Vildagliptina (Galvus)
  • Saxagliptina (Onglyza)
  • Linagliptina (Trayenta)
  • Alogliptina (Nesina)

É possível encontrar associações deste medicamentos com metformina no mesmo comprimido.

  • Sitagliptina + Metformina = JanuMet
  • Vildagliptina + Metformina = GalvusMet
  • Saxagliptina + Metformina = Komboglyze
  • Linagliptina + Metformina = Trayenta Duo
  • Alogliptina + Metformina = Nesina Met

Inibidores de SGLT2

Os inibidores do co-transportador sódio-glicose-2 (SGLT2) é um novo grupo de medicamentos orais utilizados no combate ao diabetes tipo 2, associado a mudança de hábitos. São representados por:

  • Forxiga (Dapagliflozina)
  • Invokana (Canaglifozina)
  • Jardiance (Empagliflozina)

Também é possível encontrar uma associação deste medicamentos com metformina de ação prolongada, no mesmo comprimido, como acontece com os inibidores de DPP-4.

  • Metformina xr + dapagliflozina = XIGDUO XR

SGLT2 é uma proteína humana, responsável por 90% da reabsorção da glicose no rim.

A inibição de SGLT2 leva à diminuição da glicose no sangue em função do aumento da excreção renal de glicose. O mecanismo de ação desta nova classe de drogas oferece também ainda o controle da glicose, permitindo um aumento da sensibilidade à insulina e a absorção de glicose nas células musculares e diminuição da gliconeogênese.

O aumento da eliminação de glicose pela urina promove perda de peso, questão muito importante para quem tem diabetes tipo 2.

É importante ressaltar também, que estes medicamentos são contraindicados para quem tem diabetes tipo 1 ou que apresentam cetoacidose frequente.

Os efeitos colaterais mais comuns associados com o uso de Inibidores de SGLT2 são infecções vaginais e infecções do trato urinário, com o maior risco de incidência em pacientes do sexo feminino.

Há também um aumento da vontade de urinar por este motivo os pacientes em uso destas drogas devem ser orientados a aumentar a ingesta de água para que o combate ao diabetes através desses medicamentos seja efetivo.

A medicação citada não está indicada para pacientes com insuficiência renal grave, doença renal em fase terminal ou pacientes que fazem hemodiálise.

Combate ao diabetes Tipo 2: Medicamentos Injetáveis Não Insulínicos

Existe uma série de medicamentos injetáveis indicados para o tratamento do diabetes tipo 2, que agem de maneira diferente da insulina. Seus cuidados com aplicação, armazenamento e transporte seguem as mesmas regras das insulinas.

Veja-os abaixo:

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Incretinomiméticos

Os pacientes com diabetes tipo 2 têm uma diminuição na secreção de GLP-1 e apresentam uma resposta reduzida a GIP, as incretinas. Isto resulta num aumento da motilidade gastrointestinal, diminuição da secreção de insulina dependente de glicose, o aumento da secreção de glucagon, e aumento da liberação de glicose pelo fígado, todos os quais afetam negativamente o controle glicêmico.

Os incretinomiméticos ou análogos de incretina são medicamentos injetáveis, mas NÃO são insulina, seu mecanismo de ação é diferente da insulina.Insulinas promovem o transporte da glicose do sangue para dentro das células.

Os análogos de incretina agem da mesma forma que as incretinas secretadas pelo trato gastrointestinal, mas sem terem sua ação inibida pela enzima DPP-4. Desta maneira eles permanecem por mais tempo na corrente sanguínea.

Quando nos alimentamos, os carboidratos são metabolizados e a glicose chega na corrente sanguínea, neste momento os análogos de incretina entram em ação promovendo o aumento da produção e secreção de insulina pelas células pancreáticas, diminuindo a liberação de glicose pelo fígado.

Estes medicamentos além de auxiliar no controle dos níveis glicêmicos, auxiliam na perda de peso, pois aumentam o tempo de esvaziamento gástrico, diminuindo a fome.

 

Princípio Ativo Nome Comercial Aplicação
Exenatida Byetta 2 vezes ao dia
Liraglutida Victoza 1 vez ao dia
Lixenatida Lixumia 2 vezes ao dia
Dulaglutida Trulicity 1 vez por semana

 

Estes medicamentos podem ser usados sozinhos ou em associação com outros medicamentos orais e até mesmo insulina.

A insulina é o medicamento mais antigo para tratamento do diabetes, ela é conhecida por permitir o melhor controle glicêmico com menos contra indicações.

Os incretinomiméticos podem ser associados à insulina, porém, é necessário a aplicação de um de cada vez.

Recentemente a ANVISA aprovou 2 novos medicamentos injetáveis para o tratamento do diabetes tipo 2 que é a associação de insulina lenta com incretinomimético na mesma caneta, permitindo a administração dos 2 medicamentos em uma única aplicação.

Xultophy é uma destas associações que permitem o melhor controle glicêmico de pacientes com diabetes tipo 2.

A associação da insulina de ultra-longa duração Degludeca, cujo o nome comercial é Tresiba com o análogo de GLP1, conhecido como Liraglutida (Victoza), na mesma caneta, permite em uma mesma injeção a aplicação dos 2 medicamentos.

O Soliqua, associação de insulina glargina (Lantus) e lixisenatida (Lixumia), é o novo produto biológico indicado para o tratamento de diabetes tipo 2.

Segundo a ANVISA, o novo produto, fornecido em uma caneta aplicadora, é composto por uma combinação de duas moléculas em uma mesma formulação: a insulina glargina (Lantus) e a lixisenatida (Lyxumia), um agonista do receptor do GLP-1 que estimula a secreção de insulina quando a glicose sanguínea está aumentada.

A lixisenatida é um parceiro terapêutico complementar para a insulina glargina basal em uma combinação de razão fixa.

Xultophy já se encontra disponível nas farmácias brasileiras. Soliqua será disponibilizado em breve, para comercialização nas farmácias do Brasil.

Que fique o alerta: somente o seu médico é capaz de determinar qual o melhor tratamento para o seu caso. Converse com ele antes de tomar qualquer decisão sobre mudança de tratamento.

 

Tratamento Individualizado para Diabetes

O tratamento para diabetes é individualizado, o que funciona com seu amigo ou vizinho, pode não funcionar com você. A melhor maneira de você conseguir dominar o controle do diabetes é através do conhecimento.

Você deve conhecer seu corpo e suas condições de saúde. Conhecer os grupos alimentares e como eles impactam seus níveis de glicose no sangue, vão te permitir a fazer boas escolhas alimentares.

A falta de informação sobre alimentação é um problema bastante sério e que incomoda muitos diabéticos. Por este motivo eu escrevi o Livro Digital “Alimentação Sem Restrição”, que vai te mostrar como você pode comer comidas que adora e ainda assim manter os níveis de glicose controlados.

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  • Vou relatar o que ocorreu comigo durante 15 anos como diabético tipo 2. Minha glicemia só baixava quando eu passava fome. Aí sim, a glicemia chegava a 100, 104. Todos os exames que eu fazia no laboratório da 220, 260, 280 e toda vez que e ia no médico endocrinologista, eu ganhava amostras gratis de remédios que nunca baixavam a glicemia como galvus+Met. remédio super caro, sem eficácia nenhuma. Ou seja, toda vez a medicação era substituída por outra. Aí a ficha caiu! Ora, se diabetes não tem cura, se controla somente com medicação.
    Não existe alimento que faça a glicemia baixar, isso é mentira. Quando surge alguém na internet prometendo curar o diabetes é tudo mentira. Quer apenas vender seus suplementos alimentares (já passei por isso).
    Pesquisando outros medicamentos percebi que existem vários para serem utilizados por pessoas com diabetes tipo 2.
    Aí está a sacada. Passei a ser cobaia de mim mesmo, ou seja, Comprei um aparelho one touch e fitas para medir a glicemia em casa pela manhã, em jejum, por ser mais cômodo do que ir no laboratório. Aí comecei a testar medicamentos para diabetes.
    Depois destar vários medicamentos cheguei ao cloridrato de pioglgitazona 15mg associado ao cloridrato de metformina glifage 500mg. Um comprimido de pioglitasona 15mg e um de metformina pela manhã antes do café; após o almoço e após a janta. Obtive um resultado espantoso. Hoje minha glicemia pela manhã está em 100. Completamente controlada. Me alimento normalmente, sem exageros.
    Deixei de ir no endocrinologista. Tinha uma despesa mensal de R$ 220,00. Hoje, com essa medicação gasto por mês menos R$ 80,00. Nenhum endocrinologista tem interesse em prescrever esta medicação, porque você ia controlar o diabetes e deixaria de ir no consultório dele. Obs.: a bula da pioglitazona diz o seguinte: "Pacientes com insuficiência renal, insuficiência hepática e insuficiência cardíaca não devem tomar esta medicação". Faço uso dessa medicação desde novembro de 2018 e me sinto muito bem. Graças ao meu bom Deus encontrei esta medicação. Aleluia!

  • Dr monica meu matido tem diabete tipo 2 e ta tomando galvus e nao esta abaixando sempre perto dos 200 sera que se ele tomar o xigdou xr 5mg 1000 sera melhor . Obrigada pela atencao aguardo urgente

  • Dra MÔNICA eu uso para diabetes tipo 2 o XIGDOU XR (5MG/1000MG) É O INDICADO? POR FAVOR ME RESPONDA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

    • Oswaldo!
      O tratamento é individualizado. Siga as orientações de seu médico com relação ao seu tratamento, principalmente o medicamentoso.

  • Sou diabético a muitos e até hoje não achei um medicamento que controlasse a diabete. O único meio de vc controlar ela e com a alimentação. Seu médico vai sempre aumentar a dose de medicamentos se você não se alimentar bem. Os laboratórios nunca vão ter um medicamento para curar qualquer doença, pois eles dependem da nossa desgraça para suas sobrevivências. Já fiz testes várias vezes. Fiquei sem tomar os medicamentos e mudei a minha alimentação e a minha glicose caiu drásticamente e em outras ocasiões, usei os medicamentos de acordo com a prescrição e me alimentei mal e a glicose subiu. Conclusão: Diabetes se controla com alimentação e não com comprimidos ou insulina. Abraços.

    • Diabetes não tem cura, tem controle com adoção de vida saudável: alimentação balanceada e atividade física, quando necessário, se usa medicamentos.
      Sem mudança de hábitos, não existe controle.

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