Cuidados e Tratamentos

Diabetes em crianças: causas, sintomas e dicas de prevenção

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Quando falamos em diabetes em crianças, nos vem logo à mente as aplicações de insulina que são frequentes, podendo passar de 5 vezes em um mesmo dia, não é mesmo? Fora as medições de glicose, também invasivas…

Quando nos deparamos com o diagnóstico de diabetes em crianças, um furacão de emoções, toma conta de nosso coração, não é mesmo? Medo, tristeza, insegurança, raiva, incerteza.

O que é diabetes e como ela afeta as crianças?

Diabetes é uma doença que tem o poder de incapacitar as pessoas em idade produtiva quando não controlada adequadamente, pois ela pode levar a cegueira, amputações, mal funcionamento dos rins, entre outras complicações.

A maior parte das crianças que desenvolvem diabetes infantil, são do tipo 1, isso ocorre quando o sistema imunitário da criança passa a reconhecer as células beta do pâncreas como corpo estranho, assim elas são destruídas e essas crianças precisam de múltiplas aplicações diárias de insulina para sobreviver.

É sabido que 90% das crianças que têm diabetes no mundo são do tipo 1, mas o crescente número de crianças e adolescentes que devido a adoção de hábitos modernos de vida (muito sedentárias), estão com o peso acima do ideal.

O aumento de peso faz com que elas desenvolvam doenças que, há alguns anos atrás, incidia apenas sobre os adultos. Estamos vivendo um momento onde crianças e adolescentes vêm apresentando doenças de adultos, como diabetes tipo 2, hipertensão, colesterol elevado….

Fonte: qimono / Pixabay

Diabetes em crianças: entendendo o tipo 1

Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunitário da criança não conhece mais as células beta do pâncreas como próprias, aquelas que são responsáveis pela produção e secreção de insulina. Desta maneira, elas são destruídas pelo sistema de defesa do corpo.

O tratamento para conseguir níveis de glicose normais é feito por múltiplas aplicações de insulina diariamente, associados à uma alimentação balanceada e atividade física regular.

Para identificar o diabetes tipo 1, devemos ficar atentos quando a criança apresenta os sinais e sintomas descritos abaixo:

  • Urinar mais vezes que o normal;
  • Ter muita sede;
  • Muita fome;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Cansaço e fadiga;
  • Visão embaçada.

Os sintomas acima são bastantes vertiginosos, ou seja, acontecem rapidamente quando se tem diabetes tipo 1, podendo ser acompanhados de náuseas, vômitos, dores abdominais e problemas de comportamento, antes não existentes. Fique de olho!

Diabetes em crianças é tratada com múltiplas aplicações de insulina diariamente. Não podendo esquecer que o tratamento de diabetes é individualizado e quem determina qual insulina ideal e qual a dose a ser aplicada é o médico.

A associação de mais de um tipo de insulina, nestes casos, é fundamental. Normalmente se associam o uso de insulinas que vão atuar nos momentos das refeições e outra para atuar nos intervalos das refeições.

A insulina usada para cobrir os momentos que estamos sem ingerir um alimento é a de ação intermediária, como a NPH, aquela de aspecto leitoso ou os análogos de insulina basal que apresentam um pico mínimo de ação ou não apresentam pico de ação, tais como: NPH (Novolin N ou Humulin N), Determir (Levemir), Glargina ( Lantus | Glargina 100 UI ou Toujeou | Glargina 300 UI) e a Degludeca (Tresiba).

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Para cobrir os momentos das refeições (café da manhã, almoço e jantar), momento onde temos uma elevação dos níveis de glicose devido aos alimentos ingeridos, é necessário o uso de insulina com ação rápida ou ultrarrápida, tais como: Regular (Novolin R ou Humulin R), Asparte (Novorapid), Glulisina (Apidra) ou Lispro (Humalog).

Tudo isso deve ser associado a uma alimentação balanceada e atividade física regular.

Diabetes em crianças: entendendo o tipo 2

Lembra quando falamos de outro tipo de diabetes infantil, que atualmente vem acometendo nossas crianças e adolescentes? Pois é, hoje temos tido um aumento do número de casos de diabetes tipo 2 em crianças e adolescentes. Uma doença de adultos, não é mesmo? Os mesmos sintomas que acontecem com quem tem diabetes infantil tipo 1, acontecem aqui, mas muitas vezes passam despercebidos.

Devemos nos lembrar que os sintomas do diabetes tipo 2 são silenciosos. O aumento de peso leva ao aumento da resistência à insulina, ou seja, a insulina produzida pelo nosso pâncreas passa a não desempenhar seu papel adequadamente, que é transportar a glicose (açúcar) do sangue para dentro da célula, e assim ser usada como energia pelo nosso corpo.

Quando a glicose em nosso sangue não é usada de forma adequada, ela fica elevada na corrente sanguínea, prejudicando todos os órgãos do nosso corpo. A glicose no sangue elevada promove uma oxidação que é prejudicial a todos os nossos órgãos.

As crianças e adolescentes que estão em risco de desenvolverem diabetes tipo 2 apresentam:

  • Sobrepeso ou obesidade;
  • Histórico familiar de diabetes tipo 2;
  • Mãe que teve diabetes durante a sua gravidez (diabetes gestacional);
  • Manchas escuras e aveludadas no pescoço e/ou axilas (uma condição conhecida como acantose nigricans);

Como é feito o controle dos níveis de glicose?

O controle da glicemia (níveis de glicose no sangue) é fundamental para todas as pessoas que têm diabetes, independente do tipo. No caso do diabetes tipo 2, a adoção de um estilo de vida mais saudável, com uma alimentação balanceada e atividade física regular, a perda de peso associada a medicações orais ou injetáveis, quando necessário, é fundamental para tornar os níveis de glicose no sangue próximo dos níveis considerados normais.

Fonte: silviarita / Pixabay

Cuidados para prevenir o diabetes em crianças

Devemos adotar mudanças em nosso estilo de vida para deixá-los mais saudáveis, e nova maneira de viver deve ser seguida por todos os membros da família, para que dessa forma as crianças tenham bons exemplos e queiram seguir.

Veja abaixo algumas mudanças que devem ser adotadas no núcleo familiar:

  • Beber água no lugar das bebidas açucaradas, como refrigerantes e sucos de caixinha;
  • Comer frutas no momento da sobremesa, evite os doces e sorvetes;
  • Reduzir o tempo diante da TV, computadores, tablets e celulares;
  • Adotar atividades ao ar livre, como bicicleta, passeios aos parques e praças, jogar futebol e passear com animais de estimação;
  • Substituir os alimentos gordurosos por comidas com menos teor calórico;
  • Evitar alimentos industrializados;
  • Prefirir as verduras e legumes crus, evite as conservas.

Dica Extra

Uma alimentação balanceada durante todo ano também ajuda a garantir equilíbrio e saúde. E a falta de informação sobre a alimentação é um problema bastante sério e que incomoda muitas pessoas, especialmente quem tem diabetes. Uma das principais perguntas é: “O que devo comer para não elevar meus níveis de glicose?”.

Por este motivo, eu escrevi o Livro Digital “Alimentação Sem Restrição”, que vai te mostrar como você pode comer o que adora e ainda assim manter os níveis de glicose controlados. E claro, aliar uma boa alimentação à prática de exercícios.

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