Quando falamos em diabetes em crianças, nos vem logo à mente as aplicações de insulina que são frequentes, podendo passar de 5 vezes em um mesmo dia, não é mesmo? Fora as medições de glicose, também invasivas…
Quando nos deparamos com o diagnóstico de diabetes em crianças, um furacão de emoções, toma conta de nosso coração, não é mesmo? Medo, tristeza, insegurança, raiva, incerteza.
Diabetes é uma doença que tem o poder de incapacitar as pessoas em idade produtiva quando não controlada adequadamente, pois ela pode levar a cegueira, amputações, mal funcionamento dos rins, entre outras complicações.
A maior parte das crianças que desenvolvem diabetes infantil, são do tipo 1, isso ocorre quando o sistema imunitário da criança passa a reconhecer as células beta do pâncreas como corpo estranho, assim elas são destruídas e essas crianças precisam de múltiplas aplicações diárias de insulina para sobreviver.
É sabido que 90% das crianças que têm diabetes no mundo são do tipo 1, mas o crescente número de crianças e adolescentes que devido a adoção de hábitos modernos de vida (muito sedentárias), estão com o peso acima do ideal.
O aumento de peso faz com que elas desenvolvam doenças que, há alguns anos atrás, incidia apenas sobre os adultos. Estamos vivendo um momento onde crianças e adolescentes vêm apresentando doenças de adultos, como diabetes tipo 2, hipertensão, colesterol elevado….
Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunitário da criança não conhece mais as células beta do pâncreas como próprias, aquelas que são responsáveis pela produção e secreção de insulina. Desta maneira, elas são destruídas pelo sistema de defesa do corpo.
O tratamento para conseguir níveis de glicose normais é feito por múltiplas aplicações de insulina diariamente, associados à uma alimentação balanceada e atividade física regular.
Para identificar o diabetes tipo 1, devemos ficar atentos quando a criança apresenta os sinais e sintomas descritos abaixo:
Os sintomas acima são bastantes vertiginosos, ou seja, acontecem rapidamente quando se tem diabetes tipo 1, podendo ser acompanhados de náuseas, vômitos, dores abdominais e problemas de comportamento, antes não existentes. Fique de olho!
Diabetes em crianças é tratada com múltiplas aplicações de insulina diariamente. Não podendo esquecer que o tratamento de diabetes é individualizado e quem determina qual insulina ideal e qual a dose a ser aplicada é o médico.
A associação de mais de um tipo de insulina, nestes casos, é fundamental. Normalmente se associam o uso de insulinas que vão atuar nos momentos das refeições e outra para atuar nos intervalos das refeições.
A insulina usada para cobrir os momentos que estamos sem ingerir um alimento é a de ação intermediária, como a NPH, aquela de aspecto leitoso ou os análogos de insulina basal que apresentam um pico mínimo de ação ou não apresentam pico de ação, tais como: NPH (Novolin N ou Humulin N), Determir (Levemir), Glargina ( Lantus | Glargina 100 UI ou Toujeou | Glargina 300 UI) e a Degludeca (Tresiba).
Para cobrir os momentos das refeições (café da manhã, almoço e jantar), momento onde temos uma elevação dos níveis de glicose devido aos alimentos ingeridos, é necessário o uso de insulina com ação rápida ou ultrarrápida, tais como: Regular (Novolin R ou Humulin R), Asparte (Novorapid), Glulisina (Apidra) ou Lispro (Humalog).
Tudo isso deve ser associado a uma alimentação balanceada e atividade física regular.
Lembra quando falamos de outro tipo de diabetes infantil, que atualmente vem acometendo nossas crianças e adolescentes? Pois é, hoje temos tido um aumento do número de casos de diabetes tipo 2 em crianças e adolescentes. Uma doença de adultos, não é mesmo? Os mesmos sintomas que acontecem com quem tem diabetes infantil tipo 1, acontecem aqui, mas muitas vezes passam despercebidos.
Devemos nos lembrar que os sintomas do diabetes tipo 2 são silenciosos. O aumento de peso leva ao aumento da resistência à insulina, ou seja, a insulina produzida pelo nosso pâncreas passa a não desempenhar seu papel adequadamente, que é transportar a glicose (açúcar) do sangue para dentro da célula, e assim ser usada como energia pelo nosso corpo.
Quando a glicose em nosso sangue não é usada de forma adequada, ela fica elevada na corrente sanguínea, prejudicando todos os órgãos do nosso corpo. A glicose no sangue elevada promove uma oxidação que é prejudicial a todos os nossos órgãos.
As crianças e adolescentes que estão em risco de desenvolverem diabetes tipo 2 apresentam:
O controle da glicemia (níveis de glicose no sangue) é fundamental para todas as pessoas que têm diabetes, independente do tipo. No caso do diabetes tipo 2, a adoção de um estilo de vida mais saudável, com uma alimentação balanceada e atividade física regular, a perda de peso associada a medicações orais ou injetáveis, quando necessário, é fundamental para tornar os níveis de glicose no sangue próximo dos níveis considerados normais.
Devemos adotar mudanças em nosso estilo de vida para deixá-los mais saudáveis, e nova maneira de viver deve ser seguida por todos os membros da família, para que dessa forma as crianças tenham bons exemplos e queiram seguir.
Veja abaixo algumas mudanças que devem ser adotadas no núcleo familiar:
Uma alimentação balanceada durante todo ano também ajuda a garantir equilíbrio e saúde. E a falta de informação sobre a alimentação é um problema bastante sério e que incomoda muitas pessoas, especialmente quem tem diabetes. Uma das principais perguntas é: “O que devo comer para não elevar meus níveis de glicose?”.
Por este motivo, eu escrevi o Livro Digital “Alimentação Sem Restrição”, que vai te mostrar como você pode comer o que adora e ainda assim manter os níveis de glicose controlados. E claro, aliar uma boa alimentação à prática de exercícios.
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