O cansaço, falta de pique, irritação, nervosismo e a falta de paciência ultimamente é sua companheira? Durante o dia o sono é bate na porta mas a noite ele falta? Seus finais de semana, por mais que você tente descansar, não são suficientes para recuperar as energias para começar a semana bem? Isso está acabando com sua #QualidadeDeVida? Fique atento! Esses sintomas podem não ser apenas estresse.
Eu, como #Endocrinologista, separei algumas causas de adinamia e fadiga além da correria do dia-a-dia:
Problemas na tireoide
Dois distúrbios nessa glândula pode explicar seu cansaço, e ambos estão relacionados à produção dos hormônios T3(tri-iodotironina) e T4 (tiroxina), responsáveis pelo controle do metabolismo e por funções vitais como a frequência cardíaca e a digestão. O hipotireoidismo (baixa produção de hormônios) deixa o organismo lento. O hipertireoidismo provoca um aumento excessivo dos hormônios da tireoide, e pode ser resultado da sua fadiga.
O hipotireoidismo dá cansaço, sonolência e deixa o raciocínio mais lento. Já o hipertireoidismo consome as suas energias causando insônia, sudorese, irritação.
Resistência à insulina
A insulina, um hormônio produzido no pâncreas, funciona como um porteiro abrindo as portas das células para que a glicose saia do sangue e entre, onde será usada ou armazenada como combustível. Também força o tecido adiposo a sintetizar gordura. Certas pessoas, porém, têm células defeituosas que não recebem o aviso da insulina. O sangue não transporta o açúcar, o que altera seu nível de gordura. O quadro pode indicar início de diabetes. A pessoa dorme mal, se mexe muito à noite, não consegue relaxar. Durante o dia, há uma constante sensação de mal-estar.
A resistência à insulina pode estar ligada à hipertensão e ao alto consumo de carboidratos e açúcar.
O tratamento se baseia em tomar remédios para diminuir a resistência à insulina nas células e adotar uma alimentação mais equilibrada à base de fibras, praticar atividade física com regularidade e ingerir bastante água estimulam as reações químicas do organismo, tornando as células mais receptivas à insulina.
Queda de testosterona
A produção do hormônio masculino (as mulheres também o têm, mas em menor quantidade) diminui por razões como uso de determinados medicamentos e anabolizantes, excesso de álcool ou presença de outras doenças, comprometendo funções do organismo.
Você se transforma em um cara “super bom de cama”, do tipo que deita e dorme. Além disso, seu amigão começa a ter ereções menos potentes e duradoras. Humor alterado, cansaço, raciocínio lento, sono após as refeições e perda de massa óssea e muscular também são sinais que merecem atenção.
A queda de testosterona pode ainda ser indício de outros problemas de saúde, inclusive distúrbios relacionados ao funcionamento da tireoide.
Anemia
Falta de hemoglobina, proteína que transporta oxigênio nas células vermelhas do sangue. Os tipos mais comuns são por deficiência de ferro, por perda de sangue aguda, doença crônica ou baixa produção de células vermelhas, resultado de ingestão insuficiente de vitamina B12 ou ácido fólico.
Palidez, tontura e falta de ar são os sintomas mais comuns. O hemograma detecta alterações nas células, mas seu histórico e o de sua família também são levados em conta. A anemia do tipo falciforme é hereditária e causa a má formação dos glóbulos vermelhos. A coloração de mucosas como olhos e gengivas fica mais esbranquiçada.
Apneia
Se você costuma pular aflito da cama, no meio da noite, pode sofrer de apneia, uma parada momentânea da respiração. Esse susto é a resposta do sistema nervoso central diante da falta de oxigenação no cérebro. O problema pode ou não estar associado ao ronco.
O déficit de atenção é um sinal da privação de sono. E fadiga, mau humor, baixa libido e até obesidade, já que a grelina, hormônio regulador do apetite, fica mais acelerada, enquanto a leptina, que rege a saciedade, se torna mais lenta.
A polissonografia, exame com sensores que registram a atividade do cérebro e dos olhos, e até quantas vezes você se vira na cama à noite, pode comprovar o quadro.
Overtraining
Quando você treina demais, com muita intensidade, e não descansa o suficiente para se recuperar.
Fadiga, insônia, ansiedade, dor muscular e de cabeça. Há ainda o risco de ter arritmia cardíaca, pressão alta e mudanças bruscas de humor.
Os sintomas perduram por um tempo maior do que o que você levaria normalmente para se recuperar de uma mudança de treino.
Para se restabelecer, não adianta somente retornar ao treino de sempre. É preciso voltar a um patamar anterior com treinos leves, e só depois evoluir ate atingir o habitual, sempre respeitando os limites de seu corpo.
E se for estresse mesmo?
Sejam quais forem os sintomas que você vem apresentando, é importante buscar orientação médica o quanto antes. Se qualquer um deles persistir por mais de um mês, algumas doenças, se demorarem em ser tratadas, podem gerar outras ainda piores, como problemas cardiovasculares, gastrite e até depressão. Mesmo para esse problema, apenas tentar levar uma vida mais saudável não resolve: vale lembrar que alguns casos também exigem terapia, uso de medicamentos e acompanhamento psiquiátrico.
Até mais!
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