Filhos crescidos, trabalho dobrado. É o que diz a sabedoria popular. Filhos crescidos com diabetes, trabalho triplicado. Diz a sabedoria mais popular aqui de casa. Quando minha filha foi diagnosticada com diabetes tipo 1, aos 7 anos em 2009, ela brincava de boneca e pega-pega. Aprendeu rápido a medir a glicemia e aplicar insulina na escola, e adaptou-se bem às novas recomendações na alimentação. Raramente reclamou do tratamento diário que lhe foi recomendado do dia para a noite.
O tempo passou e, nesses três anos de vivências com o diabetes, todos aqui em casa aprendemos muito. Minha filha, como é o natural da vida, cresceu. De criança passou a pré-adolescente, com todas as características inerentes a esta fase. Respostas na ponta da língua, contrariedade, mau- humor, preguiça, devaneios, questionamentos, e, é claro, determinar que música vamos ouvir no carro.
Tudo isso está dentro do esperado. Mas o que fazer quando temos que administrar o diabetes nesse turbilhão chamado pré-adolescência?
Primeiro, temos que nos adaptar as variações hormonais. As doses de insulina devem ser revistas pelo médico, em alguns casos até semanalmente. A dieta também precisa ser reelaborada. Fase de crescimento e ganho de peso, muito comum principalmente nas meninas. A atividade física pode ser mais exigida. Se antes era lúdica, agora pode ganhar dias e horário fixos. Futebol, vôlei, dança e natação são boas opções para estimulá-los.
E como gerenciar o emocional? Eles também têm dias ruins. São maiores e mais frequentes as oscilações de humor. Nem sempre moderar a alimentação e fazer o controle da glicemia serão prioridade para eles. Não fazer correções, nem medir a glicemia acontecerão muitas vezes. Principalmente, quando estiverem fora de casa. Nessas situações, ameaçar ou falar sobre as complicações não vai ajudar. Os pré-adolescentes vivem o hoje, não estão preocupados com um futuro remoto e distante.
O mais indicado é mostrar que eles são responsáveis pela saúde deles, deixando claro que é necessário aplicar insulina e medir a glicemia fora de casa. Promover e incentivar a independência do controle do diabetes deve ser praticado diariamente pelos pais. Isso mostra confiança e compreensão. Também é importante elogiar quando eles acertam no controle sem nossa supervisão. Todos nós gostamos de apoio e incentivo quando temos uma tarefa desafiadora. Mas também, admitir que não é fácil, ou seja, se colocar do lugar do seu filho, é um bom exercício de proximidade. Isso vai trazer um pouco mais de leveza nessa fase tão intensa.
Até mais!
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Sou diabética,por favor me ajuda ,manda uma dieta e os exercícios ,pra eu me tornar uma pessoa saudável sem remédio, tomo muito remédio ,ela não abaixa ,,, obrigada karina
Karina, não é possível enviar uma dieta e um plano de atividade física sem te conhecer. As pessoas são diferentes e reagem de maneira diferente em relação a alimentação, atividade física e até mesmo a medicação.
Conhecer os alimentos e saber como eles vão influenciar em seus níveis de glicose é fundamental para o sucesso de seu tratamento. Assista aos vídeos que disponibilizo gratuitamente em meu site, clicando aqui.
Meu filho tem 13 anos, e tem DM1 a quase 6 anos. Está sendo realmente a fase mais difícil. Tudo é prioridade, internet, xbox, celular, menos o diabetes. É muito difícil saber lidar com isso, mas vamos tentando e aprendendo no dia-a-dia. As matérias aqui encontradas sempre são de grande utilidade no meu cotidiano. Parabéns pelo site!
Tenho um filho com diabetes. Gostaria de conhecer melhor o problema.