Alguns fatores que importam para uma vida longa com diabetes tipo 2

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Um estudo recentemente publicado na revista online Diabetes Care, concluiu que aqueles capazes de sobreviver com diabetes tipo 2 por mais de 40 anos foram mais propensos a ter um melhor controle da sua glicemia, pressão arterial e ainda um perfil lipídico mais favorável.

Viswanathan Mohan, MD, Ph.D., do Diabetes Research Foundation Madras, na Índia, e seus colegas identificaram retrospectivamente pessoas que viveram com diabetes tipo 2  por mais de 40 anos em cerca de 200 mil registros de casos. Essas pessoas foram comparadas com os demais diabéticos do tipo 2 com base na idade no momento do diagnóstico e sexo.

A fotografia da retina foi usada para diagnosticar a retinopatia. Índice tornozelo-braquial < 0,9, o limiar de percepção vibratória > 20  foram utilizados para avaliar a doença vascular periférica e neuropatia.

Os pesquisadores descobriram que a duração média do diabetes nas pessoas que viviam mais tempo com a doença (n = 238) foi de 43,7 anos e a dos demais diabéticos que não alcançavam tanto tempo com a doença (n = 307), no momento da morte, foi de 22,4 anos (P <0,001).

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Nas pessoas que viveram menos tempo com diabetes, as pressões sanguíneas diastólica e sistólica foram significativamente maiores. Maiores também foram o nível de glicose do plasma, HbA1c, do colesterol no soro, do colesterol LDL, triglicéridos. Já o colesterol HDL foi mais baixo quando comparados com os que viviam por mais tempo com a diabetes.

As causas mais comuns de morte foram infarto do miocárdio (46,4 por cento) e insuficiência renal (16,6 por cento). As pessoas que viveram mais tempo com a diabetes, apresentaram maior prevalência da maioria das complicações por causa de sua longa duração e idade avançada, incluindo a retinopatia, a 76 por cento entre estes contra 62 por cento dos demais; microalbuminúria, 39,1 por cento versus 27,3 por cento; macroalbuminuria, 8,4 por cento contra 23,7 por cento; neuropatia, 86,5 por cento contra 63,5 por cento, doença vascular periférica, 23,1 por cento contra 11,4 por cento, e a doença coronária da artéria, 44,5 por cento contra 40,7 por cento.

“As pessoas que viveram mais com DM2, tiveram melhor controle da glicemia e pressão arterial, apresentando também perfil lipídico mais favorável”, escreveram os autores do estudo.

Para saber mais consulte a edição de Diabetes Care.

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