Alguns cuidados importantes para a saúde dos pés da criança

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Até os 9 meses de idade, os pés são constituídos por cartilagem frágil e muito maleável, dando assim uma grande mobilidade e flexibilidade. Já a maioria da estrutura esquelética ainda se encontra em fase de desenvolvimento ósseo.

O pé do bebê tem a sensibilidade superficial superior, até mesmo à da mão, e representa o seu principal instrumento de exploração. Por isso, o melhor é calçá-los exclusivamente quando sai de casa, para proteger do frio e de pequenos arranhões, usando meias antiderrapantes ou sapatinhos de materiais muito macios.

Como os pés das crianças são muito macios e flexíveis, qualquer pressão anormal pode causar deformidades.

Como estimular o movimento dos pés e dos membros inferiores da criança?

Nos primeiros meses de vida, para estimular o desejo natural do movimento do bebê, é aconselhável mantê-lo de barriga para cima, com toda a liberdade para mover as pernas.
Com o passar do tempo o bebê irá aprender a virar-se de barriga para baixo e a manter a cabeça levantada. Esta é a fase anterior ao engatinhar. Deve-se deixá-lo livre para se movimentar, sob o controle de um adulto e longe de perigos, pois é nesta fase que se desenvolve as curvas da coluna vertebral e ocorre o fortalecimento dos músculos dorsais e do pescoço, preparando a criança para engatinhar.

Nunca se deve obrigar a criança caminhar, sem esta estar realmente preparada.

A partir de quando é aconselhável calçar a criança?

É aconselhável calçar o bebê quando ele iniciar a engatinhar, escolhendo calçados flexíveis que não dificultem o movimento dos pés e tornozelos, com solado antiderrapante e feitos de materiais resistentes ao atrito.

Quando se deve trocar o calçado da criança?

Os calçados devem ser trocados quando houver sinal de resistência na colocação ou na retirada do calçado ou quando houver áreas de atrito com a pele ou regiões avermelhadas no pé. Certifique-se que haja sempre um espaço de, pelo menos, 1 centímetro entre os dedos e a ponta do calçado. Geralmente a troca ocorre a cada 3 a 4 meses durante a fase de crescimento da criança.

0 – 6 meses: Proteção

Nos primeiros meses de vida o pé representa um importante órgão sensorial e permite ao bebê receber informações sobre o ambiente ao seu redor. As meias e os calçados devem ser usados somente para conforto e proteger do frio, portanto deve-se estimular a criança deixando os pés descalços na maior parte do tempo.

6 – 9 meses: Exploração

Nesta fase começa a exploração motora que lhe permite adquirir força muscular e descobrir novas sensações táteis. A criança explora o ambiente ao seu redor através do tato e dos movimentos das pernas e dos braços.

9 – 12 meses: Engatinhar

Por volta dos nove meses inicia a fase de engatinhar da criança, importante para a formação das curvas da coluna, desenvolvimento da coordenação motora e fortalecimento dos ossos e músculos dos membros. As meias e os calçados deverão ser flexíveis, confortáveis e com mecanismos antiderrapantes para proteger e ajudar a criança a ter melhor aderência em pisos escorregadios.

1 – 3 anos: Caminhar

Aos 12 meses a criança começa a andar. Neste período o pé, que se apresenta fisiologicamente plano, recebe os primeiros estímulos plantares causados pelos exercícios dos primeiros passos. Estes conjuntos de estímulos é que irão desenvolver os músculos e formar lentamente o arco plantar. É importante a criança sentir vários tipos de superfícies de apoio e a irregularidade do terreno, para estimular constantemente a formação do pé, por isso a importância em deixar a criança caminhar descalça. Se o local necessitar de proteção para os pés, o calçado nesta fase deve ser leve, bastante flexível e com solado antiderrapante.

3 anos em diante: Correr

A partir dos 3 anos a criança já caminha com segurança e a corrida torna-se um exercício cotidiano. É importante possibilitar a corrida da criança com segurança, em locais livres de acidentes. As vias de trânsito de carros e motos, lugares que possibilitem a queda de altura ou que tenham lagos, rios ou piscinas devem ser evitados. Os calçados devem ser leves, flexíveis e resistentes para que não deformem com facilidade.

 

Estimule o desenvolvimento saudável dos pés

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Tudo o que force o pé a assumir a forma côncava da planta do pé, como a areia seca, andar descalço ou somente com meias em terrenos variáveis, é sempre bom para manter a formação natural dos pés e fortalecer os ossos, tendões e músculos dos pés.

 Cuidados a serem tomados na hora de comprar o calçado infantil:

Compre o tamanho adequado ao pé e comprove experimentando nos dois pés, respeitando o comprimento, largura e altura do pé. O comprimento ideal prevê o espaço para o crescimento e o movimento dos dedos.

  • O calçado deve dar estabilidade e segurança aos pés.
  • Evite meias justas, pois estas não ajudam a circulação que os pés precisam e podem alterar o formato das unhas.
  • Alterne o calçado diariamente, para que este seque e areje, eliminando a umidade e o suor.
  • Tenha também o cuidado de secar bem os pés do seu filho e os espaços entre os dedos para que não haja excesso de umidade.

Quais as alterações que podem ocorrer nos pés da criança?

Algumas alterações nos pés são herdadas, mas também existe uma porcentagem que pode acontecer na cama devido à posição que a criança adota para dormir. No entanto, os problemas podem mesmo começar a surgir na fase intra-uterina, devido à posição fetal em que se encontram as pernas.

Atenção especial ao uso de roupas apertadas, como meias e os macacões com pezinho (os famosos mijão, tip-top), pois pela pressão exercida sobre as unhas, pode favorecer o encravamento.

Quando a criança se senta em cima das pernas tende a colocar os pés para fora e quando começar a andar, costuma se apoiar na ponta dos pés. É nesta fase que se tornam mais evidentes alguns problemas característicos: caminhar com os pés para dentro.

 

O uso de calçado inadequado pode resultar em diversos problemas, desde as reações cutâneas até as alterações estruturais, comprometendo a forma e a funcionalidade do pé.
Tornou-se alarmante como a moda do sapato feminino chegou aos sapatos das crianças alterando a biqueira dos mesmos e elevando nocivamente o tacão.

Os problemas mais freqüentes:

  • Apoio incorreto dos pés;
  • Desvio dos calcanhares;
  • Juntar os joelhos (valguismo) – tendo como conseqüência quedas freqüentes;
  • Diferença no comprimento dos membros inferiores;
  • Dedos sobrepostos;
  • Lesões da pele e unhas;
  • Unha encravada;
  • Excesso de transpiração;
  • Verrugas plantares.

É muito importante salientar que muitas destas alterações estão de acordo com fase de crescimento em que a criança se encontra, não se apresentando muitas vezes como patologias, mas sim como algo passageiro que será ultrapassado sem seqüelas à medida que ocorre o crescimento.

Podologia Infantil. O que é?

A Podologia infantil ou Podopediatria é uma vertente da Podologia especializada, na investigação, prevenção, diagnóstico e tratamento das alterações que afetam o pé da criança e as suas repercussões no restante organismo.

O diagnóstico e tratamento especializado do pé da criança são fundamentais para assegurar um crescimento correto e prevenir o aparecimento de alterações estruturais e funcionais.

 

Qual o papel do Podólogo?

O Podólogo, juntamente com especialistas de outras áreas, sempre que necessário, trata todas as afecções que dizem respeito ao pé. Basicamente:

  • Avaliação dos pés quanto à anatomia, forma, tipo de pisada;
  • Acompanhamento biomecânico da criança;
  • Patologias da pele e unhas;
  • Orientações quanto aos cuidados com os pés e calçados

 

Cuidados a serem tomados no corte das unhas da criança:

  • O momento mais propício para o corte das unhas dos bebês é quando estão dormindo, pois eles estão mais relaxados, facilitando o corte.
  • Antes de iniciar o procedimento, lave bem as mãos.
  • As unhas dos pés têm um crescimento mais lento em relação à das mãos, podendo ser cortadas de duas a três vezes ao mês. Pode-se usar tesourinha de ponta arredondada ou cortador de unha infantil.
  • Mantenha a calma e segure o pezinho com firmeza.
  • Concentre-se em um dedo por vez.
  • Com o polegar, afaste a pele que fica em baixo da unha e faça o corte rente ao dedo, mas não muito curto.
  • O corte deve ser reto. Nada de cortar dos lados. Arredondar as laterais da unha (isso pode favorecer o encravamento).
  • Nem pense em “cutucar” os cantinhos dos dedos. Isso pode trazer sérias e dolorosas complicações;

 

Não se esqueça que a prevenção, vigilância e tratamento dos pés evitará futuras patologias nos joelhos,quadril e coluna.

 

Orientar a criança desde cedo previne doenças e garante a saúde e o bem estar do adulto, além de muitos anos a mais de boas caminhadas.

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